O mundo passa por uma nova epidemia, com milhões de pessoas solitárias; saiba como combater o problema, de acordo com médicos e especialistas
Quase um em cada quatro norte-americanos com mais de 18 anos dizem que se sentem solitários frequentemente ou sempre, então entenda a neurociência da solidão. É por isso que o cirurgião geral Vivek Murthy diz que os Estados Unidos estão no auge de uma “epidemia” de solidão.
E ela não ocorre apenas nos EUA. Na América Latina, uma pesquisa realizada pela consultoria Ipsos em 2020 revelou que, no Brasil, 36% dos entrevistados disseram se sentir sozinhos. A taxa ficou em 32% no Peru, 30% no Chile e 25% no México e na Argentina.
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Se você é um líder lidando com a solidão, isso afetará não apenas a si mesmo, mas sua equipe e potencialmente a organização inteira. Se um membro da equipe passar pela mesma coisa, a qualidade do trabalho, a criatividade, a motivação e muitos outros atributos podem diminuir.
Nosso cérebro na solidão
Os sentimentos de solidão são um sinal biológico projetado para nos lembrar de que precisamos de outras pessoas.
Quando não podemos responder a esses sinais biológicos de solidão, nosso cérebro realmente muda, se remodelando para nos tornar ainda mais solitários.
A solidão prolongada pode causar hiper vigilância a ameaças potenciais (amígdala em alerta máximo), paranoia, declínio na memória (hipocampo) e função cognitiva (córtex pré-frontal), pessimismo e hostilidade (amígdala mais hiperativa) e diminuição na capacidade de confiar em outras pessoas (muitas partes do cérebro envolvidas).
A solução, porém, não é simplesmente aumentar sua vida social. Também é preciso aprender a se conectar com aquilo que traz emoções positivas e significado para a sua vida. E continuar a fazê-lo.
Neurociência da solidão
Além disso, compartilhar experiências emocionais positivas com os outros pode mitigar a ligação entre interpretações negativas de estímulos externos (como decidir que a expressão facial de alguém transmite desapontamento com você) e solidão.
Fonte: forbes