Um deles é a Ucrânia, detentora do terceiro maior parque industrial dependente desse recurso energético, depois da Alemanha e da Polônia
São mais de quatro dezenas os países que se juntam à maior aliança internacional com o objetivo da eliminação do carvão progressivamente das políticas energéticas.
Um deles, portanto, é a Ucrânia, detentora do terceiro maior parque industrial dependente desse recurso energético. Depois da Alemanha e da Polônia. A China, os Estados Unidos e a Austrália ficam, por enquanto, fora do compromisso anunciado na última noite.
11 instituições financeiras farão parte da aliança junto com os 40 países. Comprometeram-se na Cúpula do Clima COP26, em Glasgow na Escócia, com a eliminação do carvão,
Divulgaram-se, portanto, os números nas últimas horas pelo governo do Reino Unido.
Alguns dos países mais dependentes do carvão como fonte energéticanão se comprometeram com essa aliança. Aqui estão a China, Austrália e os Estados Unidos.
Eliminação do carvão pelo governo ucraniano
O governo ucraniano, por outro lado, compromete-se a limitar a produção de carvão até 2035. Outros países, como o Chile, Singapura, Azerbaijão, Eslovênia e Estônia pretendem, dessa maneira, chegar ao mesmo objetivo dentro de 15 anos.
Os signatários da aliança internacional comprometeram-se, concretamente, a barrar todos os investimentos, internos ou externos, em políticas energéticas assentadas no carvão.
Chegaram ainda a acordo para recuar progressivamente na utilização desse recurso na década, com início em 2030 para as maiores economias mundiais, e a partir de 2040, para os países menos desenvolvidos.
“Fim do carvão à vista”
O secretário de Estado britânico para a Energia e Negócios, Kwasi Kwarteng, chegou a afirmar que o fim do carvão está à vista. “O mundo avança na direção certa, pronto para selar o destino do carvão e abraçar os benefícios ambientais e econômicos de construir um futuro alimentado a energia limpa”, destacou o secretário, citado na edição online da BBC.
Todavia, o secretário de Estado, o trabalhista Ed Miliband, citou o que considera serem as brechas abertas por países como a China, entre os maiores emissores de poluentes do planeta.
Miliband disse também que o governo britânico, anfitrião da COP26, deixou que “outros se safassem”.
“Muito aquém”
Juan Pablo Osornio, à frente da delegação da organização ambientalista Greepeace na COP26, advertiu, portanto, que o texto do compromisso “continua muito aquém da ambição que é necessária quanto aos combustíveis fósseis nesta década crítica”.
“As letras pequenas [do acordo de aliança] parecem dar aos países uma enorme margem de manobra para escolher o seu próprio calendário, apesar do cabeçalho luminoso”, acrescentou.
Globalmente, em 2019, o carvão gerou, portanto, cerca de 37% da energia elétrica.
Fonte: Agencia Brasil, foto portal de notícias