Dimitri Pellz passará por Corumbá (MS), Dourados e Campo Grande
Vinte anos. Duas décadas de suor, guitarras, ruídos e epifanias elétricas. Dimitri Pellz completa 20 anos de criação e acende novamente o pavio com a tour FEROZ — três shows gratuitos e acessíveis em Corumbá (MS) (22/11), Dtour ourados (28/11) e Campo Grande (29/11). A turnê, contudo, promove um giro de reencontros, memórias e novas desordens sonoras, incentivando o intercâmbio entre gerações de artistas e públicos.
Uma história de 20 anos
Em 2005 nascia Dimitri Pellz, banda cuja trajetória pitoresca mistura cores revolucionárias e ecos de um rock and roll que nunca sossegou. Desde então, o grupo percorreu festivais como Casarão (Porto Velho) e Bananada (Goiânia), produziu coletivamente seus próprios eventos e incentivou novas bandas com o lendário coletivo Bigorna. Tudo isso se traduziu em performances viscerais, capazes de mover partículas, corações e placas tectônicas.
O hiato e o retorno
Mesmo durante o hiato, o público manteve viva a energia dessa entidade sonora. Em 2024, com o relançamento do álbum Trepanador nas plataformas digitais e o retorno aos palcos “pra reorbitar a desordem do caos”, ficou evidente que Dimitri Pellz nunca foi apenas uma banda — é uma força telúrica, um grito que ficou guardado na garganta por tempo demais.
A voz de Maíra Espíndola
“Voltar a integrar essa gravidade onde nós e o público nos relacionamos em camadas do sensível… onde tudo pode acontecer, se ordenar e desordenar”, diz Maíra Espíndola, voz e corpo incendiário do Dimitri.
“A ideia de reorbitar o caos é contrastar ordem e desordem, centro e dispersão — elocubrações de quem ainda acredita na potência do abalo”.
Redescobrindo a banda
“Nada permanece igual — e é justamente nisso que está a beleza”, continua Maíra.
“A gente redescobrindo a banda de novo é bonito demais. As fibras desse rebelde Dimitri voltando, a gente se colocando de novo em modo de ativação. Estamos resgatando músicas perdidas no passado e a interação com nossos glorioses convidades promete bagunça, caos e revolução”.
A FEROZ e convidados especiais
A FEROZ traz para o palco nomes que fazem parte da história da banda:
Dani Vallejo: intérprete e performer sul-mato-grossense que hoje brilha pelo Brasil;
Bosco Batera: lenda viva do rock regional;
Fran Cavalheri: artista da dança contemporânea, mente inventiva e coração imenso.
A festa também reúne os velhos parceiros:
Letz Spíndola na coordenação geral;
Adriel Santos no som;
Pedro Laurentino registrando cada faísca com seu olhar de precisão e ruído.
Depoimento de Heitor Teixeira
“Lá atrás, eu e outros quatro grandes amigos apaixonados por música, cinema e literatura ousamos pensar que podíamos fazer parte de tudo aquilo que amávamos”, lembra Heitor Teixeira, baixista fundador.
“O resultado foi esse legado de 20 anos — uma marca de sonoridade, rebeldia e ferocidade deixada em um pedacinho da história da música de Campo Grande”.
O baixo de Heitor segue como pulsação da banda.
“Nunca fui estudioso de música”, confessa. “Aprendi tudo ensaiando com o Dimitri. Criar com eles sempre foi fácil: um puxa o caminho e os outros entram na dança. Quando vejo, nasceu uma música nova. O som é corpo coletivo. E é isso que ainda move a gente — esse instinto de manada, essa pulsão animal”.
Retorno afetivo às cidades – Dimitri Pellz circula por 3 cidades de MS
A FEROZ também celebra o retorno afetivo às cidades que moldaram essa história.
“Fora Campo Grande, nosso lar de amor incondicional e ódio esporádico, Dourados e Corumbá sempre nos receberam de braços abertos”, conta Heitor.
“Corumbá é uma cidade de magia cultural — tocar lá é quase um ritual. E Dourados, com seus festivais, sempre nos conectou a outras bandas, a outras linguagens. É simbólico demais retornar agora com essa energia renovada”.
Um encontro entre passado e futuro
Com uma sonoridade que desafia o tempo e o senso comum, a Dimitri Pellz volta a circular o estado em um rito de celebração e desobediência. O show, contudo, promete ser um encontro entre passado e futuro, entre o ruído e o abraço, entre a faísca e o grito.
Apoio e realização do projeto
Sobretudo, o projeto é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo Federal, através do Ministério da Cultura (MinC), e operacionalizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura de MS.
Integrantes do Dimitri Pellz
Maíra Espíndola: vocalista
André Samambaia: tecladista
Heitor Teixeira: baixista
Jean Albernaz: baterista
Michelle Meza: guitarrista
Equipe técnica do projeto
Produção: Letz Spíndola
Som: Adriel Santos
Registro: Pedro Laurentino
Fotografia: Ana Carolina Fonseca
Maquiagem: Nara Forato
Stylist: Dimitri Pellz
Assessoria de imprensa: Lucas Arruda e Aline Lira
Fonte: Gov.MS