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No Enem, dois candidatos podem acertar exatamente o mesmo número de questões, mas tirar notas diferentes de acordo com o INEP

2º DIA DE ENEM 2023: É melhor ‘chutar’ ou deixar em branco? O que não levar

Tire suas dúvidas

No primeiro domingo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, os candidatos tiveram de se organizar para redigir a redação. E, ainda mais, resolver questões de linguagens e ciências humanas. Nesta segunda etapa, em 12 de novembro, o desafio é outro. Como por exemplo, dar conta (perdão pelo trocadilho) das 90 perguntas de matemática, física, química e biologia, em apenas 5 horas.

Como se organizar? Onde escrever os cálculos? O que fazer se não souber responder? Quantos minutos gastar por pergunta? Tire suas dúvidas abaixo.

1- Por quais questões começar?

No Enem, dois candidatos podem acertar exatamente o mesmo número de questões, mas tirar notas diferentes. Desse modo, pode parecer estranho ou injusto. Mas a explicação é o modelo de correção adotado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep): Teoria de Resposta ao Item (TRI).

A TRI beneficia quem realmente se preparou para o exame. Por exemplo: se alguém acerta as questões mais difíceis, mas erra aquelas consideradas fáceis, tirará uma nota menor do que o aluno que foi mais “coerente” e só errou as complexas. Ou seja, é basicamente um sistema que tenta detectar os “chutes”.

Por isso mesmo, é importante garantir que as perguntas mais simples estejam corretas. Melhor, então, começar por elas, antes que o cansaço aumente.

  • Na 1ª leitura: resolva todas as questões que podem ser solucionadas rapidamente.
  • Na 2ª leitura: encare as questões que deixaram apenas uma dúvida pontual.
  • Na 3ª leitura: faça as mais longas ou sobre assuntos não tão comuns no Enem.

2- E se não souber responder? É melhor “chutar” ou deixar em branco?

Por mais que a TRI, como explicamos acima, atribua menos pontos ao candidato que “chuta” as respostas (em comparação ao que tem um desempenho “coerente”), nunca deixe o gabarito em branco, explica João Pitoscio Filho, coordenador pedagógico do Curso Etapa.

“É melhor arriscar um ‘chute cego’ do que deixar uma questão sem resposta”, afirma.

Qualquer pontinho é melhor do que nada, certo?

3- Quando passar as respostas a limpo? Só no fim?

O coordenador do Etapa recomenda que os candidatos façam a prova por partes, intercalando com o preenchimento do gabarito.

“Uma dica pois é dividir por blocos, ou seja, fazer entre 10 e 15 questões. E ainda mais, passar as respostas para o gabarito e depois ‘atacar’ outro bloco”, afirma.

Atenção: seguindo a dica número 1, o aluno não vai resolver a prova de forma linear. É preciso tomar cuidado, então, para não esquecer alguma questão e só perceber na hora de passar as respostas a limpo.

Quando decidir “pular” alguma pergunta, o ideal é fazer algum sinal gráfico ao lado do enunciado (pode ser um “x” ou um asterisco, por exemplo).

4- Quantos minutos gastar por questão?

No segundo domingo, serão 5 horas de prova. Para dar tempo de resolver as 45 questões de matemática e as 45 de ciências da natureza, a recomendação é que o aluno gaste, em média, 3 minutos por pergunta.

Mas não se desespere se levar mais do que isso para terminar alguma delas — as mais difíceis vão, sim, ser mais demoradas. Se perceber que está há muito tempo na mesma parte, passe para a próxima, de modo que garanta os acertos das mais fáceis. Depois, retome o desafio.