Exceto para o suíno, vale dizer que o frango, boi, milho e farelo de soja obtiveram no mês preços inferiores aos de maio passado
O fato é que em junho, o desempenho do frango, boi, milho e farelo de soja ficou abaixo das expectativas. Ou seja, tiveram preços menores, porém, o ganho do suíno ficou restrito a um mês. Ou seja, comparativamente a junho de 2021 ou, mesmo, na média do primeiro semestre de 2022, é quem registra as maiores perdas. Aliás, em termos anuais (junho de 2022 x junho de 2021) apenas frango e farelo de soja registram evolução positiva. Mas como os ganhos ficaram aquém da inflação do período, o desempenho real também é negativo.
Na média dos seis primeiros meses do corrente exercício, embora o boi, milho e farelo de soja registrem resultado positivo como o frango, apenas este último deve apresentar ganho real. Mas, num prazo mais longo e comparativamente às suas duas principais matérias-primas, milho e farelo de soja, tanto o frango como o boi e o suíno continuam com menor evolução de preço.
Frango, boi, suino, milho e farelo de soja – desempenho
Isso fica claro quando as médias do primeiro semestre de 2022 são comparadas com as médias de idêntico período de 2019, ano que antecedeu a atual pandemia. Nesse espaço de tempo, os preços do milho e do farelo de soja evoluíram 135% e 128%, respectivamente. Já na produção animal apenas os preços do boi ultrapassaram os três dígitos (quase 114% de evolução). O frango aumentou 76% e o suíno não mais que 41%.
Desempenho do frango vivo em junho e no primeiro semestre de 2022
Convivendo com uma cotação absolutamente estável nos últimos 46 dias do primeiro semestre de 2022, o frango vivo negociado no interior de São Paulo fechou o sexto mês do ano enfrentando o menor preço em três meses ou – mais significativo ainda – retornando ao mesmo valor que, em 2021, vigorou no terceiro trimestre. Isto, a despeito de seu custo de produção permanecer em franca evolução.
Em relação a junho de 2021 a variação anual ficou em 8,62%. È o menor índice em, praticamente, dois anos e, também, um incremento inferior à inflação oficial registrada no período. É, igualmente, um índice que – frente às restritas condições do mercado. Desse modo, tende a zerar senão neste, no próximo mês, pois, em agosto de 2021 o frango vivo já foi comercializado pelos atuais R$6,00/kg.
Embora desde meados de março o frango vivo não registre cotação inferior a R$6,00/kg, o fraquíssimo desempenho observado no bimestre inicial do ano (quando não alcançou, sequer, os R$5,00/kg) puxa para baixo a média dos seis primeiros meses de 2022. Ou seja: o preço médio do período ficou em R$5,75/kg, valor que, mesmo assim, é 19% superior ao dos mesmos seis meses de 2021.
Fonte: AviSite