Custo da cesta básica aumentou, e o salário mínimo não é suficiente para manter famílias
O custo da cesta básica de alimentos aumentou em 14 das 17 capitais do Brasil em fevereiro, na comparação mensal. Além disso, o salário mínimo com reajuste de R$ 1.518,00 é insuficiente para o trabalhador suprir as necessidades em vigor na Constituição e manter uma família de quatro pessoas. As maiores altas do custo da cesta básica tiveram registros em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%).
Comparação com fevereiro de 2024
Na comparação anual, no mês passado, houve aumento no valor da cesta básica em 14 capitais, com variações entre 1,87%, em Vitória, e 13,22%, em Fortaleza. Por outro lado, os municípios que tiveram retração foram Porto Alegre (-3,40%), Rio de Janeiro (-2,15%) e Belo Horizonte (-0,20%).
O salário mínimo reajustado de R$ 1.518,00 é insuficiente para o trabalhador suprir as necessidades estabelecidas na Constituição e manter uma família de quatro pessoas.
Para cobrir o sustento em fevereiro de 2025, segundo calculou a Dieese, com base no registro da cesta na capital paulista, a mais cara do mês, o valor deveria ser de R$ 7.229,32 ou 4,76 vezes o piso mínimo.
Em relação ao salário mínimo líquido, descontado de 7,5% da Previdência Social, o instituto observou que, no mesmo período, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média 51,46% do rendimento para obter o conjunto básico dos alimentos.
O tempo necessário para adquirir os produtos da cesta básica em fevereiro foi de 104 horas e 43 minutos. O valor é maior do que em janeiro deste ano, que chegou 103 horas e 34 minutos. Já em fevereiro de 2024, o tempo médio para obter os produtos foi de 107 horas e 38 minutos.
Fonte: cnn