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MP libera crédito a Plano Safra de R$ 4,18 bi para a continuidade do programa em 2025 Foto: Unisplash.com

MP com crédito extraordinário de R$ 4 bi a Plano Safra

Crédito a Plano Safra garante a continuidade do programa em 2025

Crédito a Plano Safra: MP libera R$ 4,18 bilhões em crédito extraordinário para a continuidade do programa, então suspenso por causa da não aprovação do Orçamento de 2025.

O texto foi publicado (24) á noite, em edição extraordinária do Diário Oficial da União.

A concessão de financiamentos para o Plano Safra estava suspensa (20) pelo Tesouro Nacional.

O projeto de lei do Orçamento de 2025 não teve aprovação em dezembro e só terá análise em março, após o carnaval e a montagem da Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Embora a MP não entre em detalhes sobre o tema, o crédito extraordinário ficará dentro dos limites do arcabouço fiscal, que limita o crescimento real (acima da inflação) dos gastos a 70% do crescimento real das receitas no ano anterior.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia anunciado (21) que os créditos seriam submetidos às limitações do marco fiscal.

De acordo com a Constituição, créditos extraordinários, normalmente destinados a despesas imprevistas, urgentes ou emergenciais, não são submetidos ao teto de gastos do arcabouço fiscal.

“Apesar de ser um crédito extraordinário, o governo está anunciando que ele estará dentro dos limites do arcabouço fiscal. Portanto, é como se tivesse sido aprovado dentro do Orçamento com os limites do arcabouço fiscal. Lamentavelmente o Congresso ainda não apreciou o Orçamento”, disse Haddad na última sexta.

Solução

A consulta de Haddad ao Tribunal de Contas da União (TCU) é a solução legal da MP. Em outras palavras, é a estratégia que permite a continuidade do Plano Safra em 2025.

Assim, com R$ 400 bilhões em crédito para médios e grandes produtores, o Plano Safra tem juros mais baixos que os de mercado.

Contudo, para evitar prejuízo para as instituições financeiras, o Tesouro Nacional cobre a diferença nos juros, num processo chamado de equalização.

Por causa do aumento da Taxa Selic (juros básicos da economia) nos últimos meses, o Tesouro tem de gastar mais recursos para equalizar os juros. A Selic passou de 10,5% ao ano em setembro para 13,25% em janeiro.

Fonte: ag. Brasil