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Letramento digital, idiomas, visão de negócios e competências híbridas – a combinação de habilidades técnicas e humanas – vão separar quem “bate ponto” de quem realmente irá prosperar. - Foto: Arquivo/ pexels.

Competências híbridas são a moeda de ouro do Futuro do Trabalho

Apesar dos muitos desafios, pesquisa da Zoox Smart Data revela que 83,1% dos brasileiros estão correndo atrás de novos conhecimentos para evitar a estagnação

O mercado de trabalho está em ebulição e a posse de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos, em Washington, deixou claro que a revolução vai exigir muito mais do que o básico, ou seja, as conhecidas competências híbridas.

Letramento digital, idiomas, visão de negócios e competências híbridas – a combinação de habilidades técnicas e humanas – vão separar quem “bate ponto” de quem realmente irá prosperar.

E o Brasil, infelizmente, sai atrasado nessa corrida. Um estudo da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que 40% das áreas que mais empregam no Brasil carecem de mão de obra qualificada.

Os setores de serviços e construção civil são os mais afetados. Mas a verdade é que isso vem se tornado a regra, e não a exceção, em todos os segmentos.

Ficar parado, portanto, é assinar o próprio atestado de irrelevância.

Nem tudo, porém, são más notícias no universo das profissões. Recebi com exclusividade a pesquisa “Trabalho 4.0: Como as Competências Híbridas Estão Moldando o Futuro Profissional”, da Zoox Smart Data, que revela que 83,1% dos profissionais brasileiros estão, nesse momento, correndo atrás de novos conhecimentos para evitar a estagnação.

Empresa brasileira de tecnologia e inovação focada em soluções de Data Science & Analytics, a Zoox Smart Data ouviu 51 mil profissionais no país.

“No atual cenário, a capacidade de aprender e se desenvolver continuamente é vital para o sucesso profissional. Grande parte dos brasileiros está empenhada em continuar evoluindo, o que é essencial para se destacar”, me afirma Rafael Albuquerque, CEO da Zoox Smart Data.

Segundo o levantamento, “ser flexível e colaborativo” é fundamental para 36,1% dos brasileiros, seguido de “ser resiliente” (31,1%), “ser adaptável” (18,4%) e “ter facilidade para aprender” (14,4%).

O papel das empresas

A pesquisa apontou igualmente a necessidade urgente para as empresas. Nesse sentido, de ofertar o desenvolvimento dessas competências híbridas no trabalho. Assim, em seus programas de treinamento, promovendo um maior equilíbrio. Já que hoje 56,8% dos profissionais priorizam as habilidades técnicas, em detrimento das emocionais, enquanto 43,2% enxergam as habilidades emocionais como mais importantes.

“Nosso levantamento deixa claro que os profissionais buscam lidar melhor com as adversidades, E ao mesmo tempo, conseguem driblar cada uma delas utilizando a experiência adquirida ao longo dos anos”, reforça o CEO Rafael Albuquerque.

Outro ponto interessante está relacionado ao papel das empresas nessa construção. Cerca de 54,4% dos profissionais entrevistados pela Zoox Smart Data disseram entender que as organizações poderiam contribuir mais com a qualificação profissional de seus colaboradores, seja oferecendo cursos e descontos em especializações, seja oferendo treinamentos e workshops, para aumentar a qualificação de seus funcionários.

Também fui ouvir Eliane Aere, presidente da Diretoria Executiva da ABRH-SP, que reforça a importância desse tipo de investimento: “Muitos empresários se queixam da escassez de talentos qualificados, mas poucos investem no desenvolvimento tanto técnico quanto humano. Se a tecnologia está mudando o jogo, nossa recomendação, como Associação de RH, é que as empresas ajustem sua abordagem. Investir em pessoas para formar equipes que vão além da entrega de resultados é fundamental”.

Trump + Fórum Econômico Mundial

A posse de Donald Trump, que trouxe para a primeira fila líderes como Elon Musk (Tesla), Mark Zuckerberg (Meta) e Jeff Bezos (Amazon), deixou claro que a tecnologia está puxando o bonde. Assim, quem não embarcar nele vai ficar no ponto.

O relatório de 2025 do Fórum Econômico Mundial indica que, até 2030, 40% das habilidades exigidas no mercado vão mudar. As chamadas “competências híbridas”, logo, serão absolutamente necessárias.

Estamos falando de hard skills como Inteligência Artificial, Big Data e cibersegurança, e de soft skills como criatividade, resiliência e adaptabilidade.

Um verdadeiro casamento entre mente e coração, entre técnica e humanidade. E quem souber unir essas duas dimensões vai liderar.

No Brasil, as habilidades mais valorizadas pelos profissionais refletem essa tendência: flexibilidade, colaboração, resiliência e adaptabilidade.

São esses os verdadeiros superpoderes no mundo do trabalho, especialmente agora, quando a tecnologia avança em ritmo frenético e a automação ameaça eliminar funções repetitivas.

Competências híbridas não são uma moda passageira – são o novo alicerce do mercado.

O futuro está batendo à porta e ele não vai esperar por ninguém.

Fonte: Marc Tawil/epocanegocios