Um estudo publicado na revista científica Science Advances desvendou o segredo do gesso de cal usado pela civilização maia nas construções
As construções da civilização maia se tornaram pontos históricos e turísticos, e até hoje muitos se perguntam como elas foram feitas para durarem tanto. Pesquisadores encontraram o segredo e ele é mais natural do que se pensava: extratos de casca de árvores.
Segredo das construções maias
Um estudo publicado na revista científica Science Advances desvendou o segredo do gesso de cal usado pela civilização maia nas construções. Portanto, para tornar a fortificação mais duradoura e resistente, o povo adicionava extratos de casca de árvore ao material.
Descoberta
- Para realizar a descoberta, os pesquisadores trabalharam com pedreiros descendentes de maias em Copán, em Honduras, um dos importantes centros da civilização.
- Rebocos e cimento são materiais de uso desde antigamente, mas cada povo adiciona outros ingredientes de acordo com as necessidades de suas construções. Os segredos de cada época não são intocáveis e costumar se perder conforme a passagem do tempo e das gerações.
- Na abordagem, a equipe adicionou seiva de casca das árvores locais Chukum e Jiote ao cal misturado com água, elemento básico do gesso.
- O resultado final teve comparação ao material das construções e os pesquisadores constataram as semelhanças.
- Dentre as propriedades, o gesso dos maias (e dos pedreiros locais, que o imitavam) tem maior durabilidade, plasticidade e resistência à água.
Importância da descoberta dos maia
Materiais como o cal e concreto são amplamente utilizados desde civilizações antigas, mas cada uma realiza etapas diferentes. Os maias perceberam que adicionar material orgânico à massa tornaria as construções mais resistentes.
Segundo os pesquisadores, isso ajuda na área da construção no presente.
“Nosso estudo ajuda a explicar a melhoria no desempenho de argamassas e rebocos de cal com aditivos orgânicos naturais desenvolvidos não apenas por antigos maçons maias, mas também por outras civilizações antigas (por exemplo, argamassas de cal de arroz pegajoso chinesas antigas).”
Assim, a indústria atual pode se beneficiar de conhecimentos milenares.
Fonte: olhardigital
