Nova fronteira agrícola para a citricultura de MS
A citricultura de MS ganhou uma nova fronteira agrícola, com a expansão do cultivo em diferentes regiões do Estado. São 15 mil hectares plantados, com expectativa de chegar a 30 mil nos próximos anos. Desse modo, este “boom” do mercado está associado ao clima, bom ambiente de produção e uma legislação rígida, com “tolerância zero” a doença de greening, que devastou plantações e pomares no mundo todo.
O Governo do Estado faz a sua parte com investimentos robustos na área de infraestrutura e logística, para facilitar o escoamento da produção e melhorar os acessos em diferentes regiões. Além disso, também contribui com apoio e mediação no contato com órgãos estaduais. Entre esses contatos, estão incluídas questões energéticas.
“Estamos com uma nova divisa de prosperidade em Mato Grosso do Sul. Ficamos felizes com a confiança dos produtores em investir aqui. Hoje, já vamos para quase 30 mil hectares de laranja plantados no Estado. Ou seja, trata-se de um projeto audacioso, que alavanca uma nova atividade no Estado. Na sequência disso, certamente vamos avançar para industrialização no setor”, afirmou o governador Eduardo Riedel.
Investidores de citricultura em MS
Esta nova alternativa econômica no Estado atraiu empresas “gigantes” do setor, que desejaram seguir rumo ao Estado para plantar laranja. Um dos exemplos é a Cutrale, que já está na primeira fase da sua produção em Sidrolândia e tem a intenção de plantar 4,8 mil hectares. A estimativa é chegar nos próximos anos com uma produção de 8 milhões de caixas de laranja (anual). O investimento previsto é de R$ 500 milhões no projeto, podendo chegar a R$ 1 bilhão.
Outros grupos também se interessaram como a empresa Citrosuco, que é uma das maiores da área de suco de laranja do mundo. A previsão é de que o empreendimento seja instalado na Costa Leste, entre Campo Grande, Três Lagoas e Paranaíba.
O Grupo Moreira Sales anunciou no ano passado o investimento de R$ 1,2 bilhão no Estado, iniciando o plantio de laranja ainda este ano na área que fica em Ribas do Rio Pardo, próximo ao município de Água Clara. A meta é colher 8 milhões de caixas da fruta, assim como gerar 1,2 mil empregos diretos e 2,4 mil indiretos.
O Agro Terena vai plantar em 1,2 mil hectares em Bataguassu, assim como o Grupo Junqueira Rodas, que começou em abril o projeto de citricultura em Paranaíba, com a intenção de plantar em 1.500 hectares.
Tolerância zero ao greening
“Hoje, já temos no Estado mais de 30 mil hectares captados. A citricultura está vindo a Mato Grosso do Sul decorrente de uma doença que afetou os pomares do mundo inteiro. Neste cenário, Mato Grosso do Sul se tornou uma opção. Nós fizemos uma lei onde temos tolerância zero ao greening. Ou seja, qualquer pé de laranja que tenha greening não será tratado e sim extinto. Isto é o que coloca nosso Estado na vitrine da citricultura nacional”, destacou Jaime Verruck, secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
A expectativa é que com a expansão da produção de laranja e como consequência, a geração de empregos e oportunidades, o próximo passo no Estado é contar com a implantação das indústrias do setor, que vão impulsionar ainda mais a economia do Mato Grosso do Sul.
Fonte: agência de notícias Gov