A descoberta revoluciona o mundo da ciência, segundo os pesquisadores
Um estudo recente, publicado na revista Nature Aging, revelou que uma análise de amostras de sangue congelado pode identificar uma série de proteínas que podem prever várias formas de demência com mais de 10 anos antes do diagnóstico da doença. A descoberta revoluciona o mundo da ciência, segundo os pesquisadores.
Assim, os cientistas examinaram cerca de 1.500 proteínas do sangue de mais de 50 mil adultos saudáveis no Biobank do Reino Unido, dos quais 1.417 desenvolveram demência em um período de 14 anos.
“Com base neste estudo, parece provável que testes de sangue desenvolvidos para prever o risco de desenvolver demência nos próximos 10 anos, embora indivíduos com maior risco muitas vezes tenham dificuldade em saber como responder”. Diz Suzanne Schindler, pesquisadora de Alzheimer na Universidade de Washington em St. Louis, que não participou da pesquisa.
Quais são estas proteínas?
Níveis elevados de quatro proteínas específicas GFAP, NEFL, GDF15 e LTBP2, foram fortemente associados à demência. Essas proteínas podem ser potenciais biomarcadores para identificar indivíduos em risco de desenvolver demência.
Os pesquisadores utilizaram aprendizado de máquina para desenvolver algoritmos preditivos que combinam os níveis dessas proteínas com fatores demográficos para prever o risco de demência.
O modelo mostrou uma precisão de cerca de 90% na previsão da incidência de demência. Incluindo a doença de Alzheimer, mais de 10 anos antes do diagnóstico oficial.
Embora promissor, os novos biomarcadores identificados neste estudo precisam validar e replicados por pesquisas adicionais antes de utilizar como ferramentas de rastreio clínico.
No entanto, essas descobertas representam um avanço significativo na busca por métodos de diagnóstico precoce e tratamento eficaz da demência.
O que é demência?
Demência é um termo geral que se refere a um conjunto de sintomas relacionados ao declínio cognitivo e funcional que interferem significativamente na vida diária de uma pessoa.
Esses sintomas incluem perda de memória, dificuldade de concentração, alterações na linguagem, problemas de raciocínio e julgamento, além de dificuldades em realizar tarefas cotidianas.
Embora a demência seja frequentemente associada à doença de Alzheimer, ela pode causar por uma variedade de condições subjacentes, como doença vascular, doença de Parkinson, doença de Huntington e lesões cerebrais traumáticas, entre outras.
É importante destacar que a demência não é uma parte normal do envelhecimento, embora seja mais comum em pessoas mais velhas. Aliás, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas com demência.
Fonte: ndmais