Dia 18 de julho é dia de Mandela. E sua casa é símbolo da luta contra o Apartheid
A antiga casa de Nelson Mandela agora é um hotel boutique em Joanesburgo. Ali, entretanto, ele viveu depois de anos na prisão ao se tornar o primeiro chefe de estado negro da África do Sul.
Para preservar e honrar o legado do líder icônico da África do Sul, Nelson Mandela, sua casa, que foi um símbolo de resistência e luta contra o apartheid, agora foi transformada em um hotel de luxo? Sim, foi isso mesmo que você leu.
O New York Post relata que os hóspedes do chamado Sanctuary Mandela podem dormir no mesmo quarto que Mandela. Ele, pois foi o primeiro presidente negro do país de 1994 a 1999. É possível ainda escolher entre outras oito suítes que custam de US$ 260 a US$ 1.000 por noite.
No entanto, durante a hospedagem, o público pode apreciar as recordações de Mandela nas paredes de toda a casa. Ou ainda mais jantar no restaurante do local com um menu inspirado nos pratos favoritos de Mandela. Incluindo ravióli em um guisado de rabo de boi e um peixe ao estilo malaio do Cabo. Cozinhado pois por seu chef pessoal de longa data, Xoliswa Ndoyiya.
Suite principal onde Mandela dormia (acima)
O tempo de prisão de Mandela é lembrado no hotel através de inscrições “Madiba”
Aliás, o hotel fica localizado numa rua tranquila no rico subúrbio de Sandton, em Houghton. E assim sendo, pode acomodar até 18 hóspedes.
Mandela, que morreu em 2013 aos 95 anos, mudou-se para a casa de Joanesburgo em 1992. Isso, claramente, depois de passar 27 anos na prisão. Então viveu ali até o ano de 1998. Assim sendo, durante esse tempo, ele recebeu muitos convidados famosos. Incluindo o ex-presidente Bill Clinton e a Oprah Winfrey. Bem como, Michael Jackson e Magic Johnson. Além da ex-primeira-dama Michelle Obama e a supermodelo Naomi Campbell, segundo relatos publicados. Mais tarde, a casa se tornou sede da Fundação Nelson Mandela.
No entanto, Mandela havia sido preso e encarcerado em 1962. E, após julgamento, foi condenado à prisão perpétua por conspirar para derrubar o Estado. Seus anos de prisão, entretanto, se dividiram entre Robben Island. Bem como, Pollsmoor Prison e também Victor Verster Prison. A sua libertação se deu em 1990 pelo presidente do Estado F. W. de Klerk sob crescente pressão interna e internacional. Além de temores de guerra civil racial. Os dois homens então lideraram esforços para negociar o fim do apartheid.
O tempo de prisão de Mandela é lembrado no hotel através de caixilhos de janelas com seu apelido “Madiba”. Como também, seu número de prisão de Robben Island “466/64”. O que será que Mandela pensaria sobre esse uso de sua memória para receber hóspedes endinheirados? E sobre sua casa servir ao capitalismo? Algo se pode imaginar.