Mais de 600 alunos da Escola Sud Mennucci, em Piracicaba, mergulharam no passado para então descobrir o que foi colocado na Cápsula do tempo.
A princípio o Fantástico desvenda um século de mistério: o que esconde na Cápsula do tempo guardada numa parede lacrada há cem anos numa escola no interior de São Paulo? Um segredo que desperta a imaginação dos alunos de várias gerações, porque tesouros estão por toda a construção da Escola Sud Mennucci, em Piracicaba.
“Há uma arquitetura eclética na fachada, e no interior misturavam o neoclássico assim como barroco, que eram os signos da cultura europeia”, explica a historiadora Marly Perecin.
E uma parede em especial é o centro das atenções. Esconde um presente deixado pelos alunos de 1922. O Brasil tinha se tornado república havia menos de uma década quando a escola fundada, e 25 anos depois surgiu a ideia de fazer uma cápsula do tempo para ser aberta em cem anos.
Era uma época em que a linha do trem direcionava o progresso. A estação da Companhia Paulista em Piracicaba funcionava a todo vapor. No Brasil, o mercado do café estava em crise, e as artes passavam por uma revolução. A Semana de Arte Moderna, na capital paulista, rompia padrões e lançava grandes nomes no cenário artístico nacional.
Na época, a Sud Mennucci formava professores para escolas de todo o estado. Hoje, o colégio tem mais de 600 alunos, nos ensinos fundamental e médio, e este ano todos mergulharam no passado.
Dois dias antes, profissionais de um museu da cidade começaram os trabalhos. Mais de três horas para romper a barreira de 8 centímetros de concreto e tijolos e deixar tudo pronto para a cerimônia de retirada.
Em suma eles usam equipamentos específicos para não danificar o conteúdo. Assim, a caixa de cobre é aspirada numa câmara de exaustão. Depois disso, a cápsula, soldada em três partes, foi finalmente aberta!