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O 2º Encontro de Chamamezeiros será transmitido ao vivo pela TVE Cultura

Campo Grande é palco do 2º Encontro de Chamamezeiros

A realização é do Instituto Cultural Chamamé MS, Programa A Hora do Chamamé em parceria com a Fundação de Cultura

Nos próximos dias 03, 04 e 05  o estacionamento da Feira Central de Campo Grande recebe o 2º Encontro de Chamamezeiros de Mato Grosso do Sul, aliás com grandes nomes do chamamé regional.

Durante os três dias estarão se apresentando músicos de Campo Grande, a Capital brasileira do chamamé, da cidade de Dourados, Rio Brilhante, Camapuã, Bodoquena, Nova Alvorada do Sul e um representante da cidade de São Luiz Gonzaga, Estado do Rio Grande do Sul.

O Encontro de Chamamezeiros está em sua segunda edição e visa fomentar a cultura chamamezeira do Estado. Fortalecer o gênero musical “Chamamé” que foi declarado pela UNESCO “Patrimônio Imaterial Da Humanidade”, e em Mato Grosso do Sul. O “Chamamé” foi registrado como bem de natureza imaterial de Mato Grosso do Sul, através do Decreto Nº 15.708, de 29 de junho de 2021. Assinado pelo governador Reinaldo Azambuja.

Assim como, o 2º Encontro de Chamamezeiros será ao vivo pela TVE Cultura através do canal 4.2. Pelo site www.chamamems.com, www.chamamems.com.br e pelas Redes Sociais: www.facebook.com/encontrochamamezeirosms/ You Tube: orivaldomengual e chamamems

Além disso, a realização é do Instituto Cultural Chamamé MS, Programa A Hora do Chamamé em parceria com a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Com o apoio da Rádio e TV Educativa/Fertel e da Feira Central de Campo Grande.

Sobre o Chamamé

O Chamamé é um gênero musical oriundo da província de Corrientes, norte da Argentina, e de lá dispersou-se para muitos destinos além de suas fronteiras territoriais. Primeiramente chegou ao sul do antigo Mato Grosso na primeira metade do século XX, trazido pelos imigrantes que viam atraídos por trabalho nas atividades agropecuárias. Logo depois conquistou o gosto popular quando os sanfoneiros tocavam as sanfonas nas festas regionais.

Aliás a raiz do Chamamé remete-se a modificações do estilo musical da Danza Paraguaya (do espanhol, dança paraguaia), passando por influências regionais. Inclusive ações da cultura guarani, de onde se origina a palavra Chamamé, tendo como definição o termo “improvisação”.

Zé Corrêa, um mito da música campo-grandense, falecido precocemente aos vinte e nove anos de idade, em 1974. Sendo assim, tornou-se referência para todo segmento musical sul-mato-grossense transformando seu inédito estilo de instrumentação ao acordeom em um encantamento de musicalidade revestido de uma força renovadora.

Sem dúvida, sua técnica consistia em executar a sanfona com a mão direita e o acordeom com a esquerda, mantendo esse movimento em permanente ação dando a impressão ao espectador de serem dois instrumentos em perfeita harmonia e equilíbrio. De fato a criação dessa técnica impar foi responsável por estabelecer um estilo Sul-mato-grossense de tocar o Chamamé.

Em Campo Grande, rapidamente se formaram conjuntos típicos e, com a chegada do rádio na cidade, intensificou-se a difusão do ritmo Chamamé. Entretanto não demorou muito para que entusiastas organizassem grupos de intérpretes em várias cidades sul-mato-grossenses, principalmente na Capital do Estado, onde a paixão pelo ritmo tocava na alma da população.

Tanto, que nas décadas de trinta e quarenta, aos domingos, os chamamezeiros se reuniam para tocar Chamamé perante o numeroso público que se aglomerava no local.

Homenagem aos Chamamezeiros

O estilo musical se expandiu em Campo Grande com compositores e intérpretes altamente qualificados. Tornando-se o ritmo mais apreciado e difundido na capital sul-mato-grossense. Fatos que proporcionaram ao Chamamé um dia especial no calendário estadual, instituindo o dia 19 de setembro como “Dia Estadual do Chamamé”. Através da Lei nº 3.837, de 2009. Outra conquista do gênero musical Chamamé foi o registro do “Chamamé” como bem de natureza imaterial de Mato Grosso do Sul. Através do Decreto Nº 15.708, de 29 de junho de 2021, assinado pelo governador Reinaldo Azambuja.

Recentemente concedido a Campo Grande, através de um Decreto do presidente da República o título de “Capital Nacional do Chamamé”. Uma justa homenagem não só à comunidade campo-grandense. Mas também a todos aqueles que têm um grande apreço pela arte musical.

Fonte: ms.gov