O médico veterinário Michel Ferreira Fasanelo Gomes responde e esclarece todas as dúvidas sobre o tema
O avanço da dengue no Brasil despertou uma preocupação nos tutores de cães e gatos. Afinal, os pets podem contrair esta doença que, em muitos casos, é perigosa? O médico veterinário Michel Ferreira Fasanelo Gomes responde e esclarece todas as dúvidas sobre o tema.
Assim, o especialista começa com uma boa notícia para os animais: “Cães e gatos não pegam dengue. Só o ser humano é hospedeiro definitivo dessa doença”.
Porém, Michel faz um alerta importante e preocupante. O Aedes aegypti, mosquito que propaga a dengue nos humanos, também pode transmitir a cães e gatos uma doença chamada dirofilariose.
Aliás, o veterinário explica que dirofilariose é uma doença parasitária. “Provoca tromboembolia (formação de coágulos dentro das veias), tem o desenvolvimento do verme no pulmão e pode, ainda, migrar para o coração. Por isso, é conhecida, também, como verme do coração”.
Michel relata, ainda, que a doença nos animais “pode provocar a obstrução de vasos importantes pela presença do verme e pela formação de agregação plaquetária, que causa o entupimento de vasos. Portanto, é uma doença grave, que pode levar a óbito”, alerta.
Apesar do perigo, segundo o veterinário, o Aedes aegypti não transmite outras doenças para cães e gatos. “O que acontece é que a dirofilariose transmitida por outros mosquitos que sugam o sangue, outros tipos de Aedes, os Culex, que se alimentam de sangue, por exemplo”.
Especialista conta como proteger cães e gatos da ação do mosquito
A maneira mais eficiente de proteção de cães e gatos, segundo Michel, é por meio do uso de repelentes.
“Existem coleiras repelentes, repelente eletrônico para cães, além do repelente à base de citronela, que não é tóxico e pode ser utilizado”, destaca.
“Outra forma de proteção e prevenção seria o uso de medicação que provoca a eliminação dos vermes. Quando o mosquito pica o cachorro, em até 30 dias podem usar doses baixas de ivermectina ou outros princípios ativos que são da família da ivermectina. A maioria consegue inativar esse parasita na fase inicial. Portanto, não deixa a doença se desenvolver. Algumas medicações via oral são administradas mensalmente e tem a medicação injetável aplicada anualmente”, acrescenta o veterinário.
Fonte: revistaforum