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A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina

Brasil pode tornar-se principal player para investimentos verdes no mundo

Tereza Cristina disse no  20º Congresso Brasileiro do Agronegócio que pretende buscar mais investimentos internacionais para o agronegócio

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse (2) que o Brasil pode ser o principal player para investimentos verdes no mundo e que sua pasta está trabalhando por esse objetivo. Segundo a ministra, a análise dos dados declarados no Cadastro Ambiental Rural (CAR), ao ajudar na implementação do Código Florestal, tem potencial para fazer o país a aumentar recursos na gestão de títulos verdes. 

“Atualmente, estima-se R$ 30 bilhões em gestão de títulos verdes no país, com grande potencial de crescimento, frente a US$ 1 trilhão de recursos investidos em fundos sustentáveis internacionais. Assim, o Brasil pode ser o principal player para investimentos verdes no mundo, e o ministério está trabalhando e apoiando isso”, destacou a ministra, ao participar do 20º Congresso Brasileiro do Agronegócio.

A ministra disse que o Brasil tem conseguido conciliar produtividade com sustentabilidade, no modelo agropecuário que vem desenvolvendo. Dessa forma, ela lembrou que o Serviço Florestal Brasileiro está sob seu “guarda-chuva” e que o avanço na implementação do código florestal está entre as prioridades da pasta.

De acordo com ela, a legislação será fundamental para que o país se torne líder na agenda global da sustentabilidade, conciliando produção agropecuária com conservação ambiental.

“Para isso lançamos a ferramenta AnalisaCAR. Com tecnologia de geoprocessamento, poderemos avançar na análise automatizada de cadastro ambiental, trazendo segurança jurídica e celeridade nesse processo.”

Plano de agricultura

Nesse sentido, Tereza Cristina destacou que o Plano Safra deste ano está mais “verde”. Isso graças a ampliação tanto do plano de agricultura de baixa emissão de carbono (o Plano ABC), como do financiamento para restauração florestal. Ela destacou ações visando a geração de energia renovável a partir de biogás e biometano.

“É importante ressaltar que o Brasil desenvolveu um modelo agropecuário tropical. Ao passo em que se torna mais produtivo, torna-se também mais sustentável. Nos últimos 10 anos intensificamos nossas ações em torno de 50 milhões de hectares de áreas degradadas. Ou seja, com tecnologias promovidas pelo plano de agricultura de baixa emissão de carbono, o nosso Plano ABC”, disse a ministra.

Infraestrutura

Em mensagem enviada aos participantes do 20º Congresso Brasileiro do Agronegócio, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que a infraestrutura deve caminhar para “atender às necessidades do agro”. Para ela, é fundamental aos investidores em agronegócio e infraestrutura que atendam aos padrões de governança socioambiental.

“Por isso, temos investido na matriz de diversificação de transporte por meio do fomento ao transporte. Ou seja, de cabotagem, do fomento ao transporte hidroviário, e de um amplo programa ferroviário. Estes já contrataram cerca de R$ 30 bilhões em investimento com a iniciativa privada.

Além disso, estamos trazendo a noção de sustentabilidade para a estruturação de nossos projetos. Desse modo, entendemos que os fluxos financeiros estarão cada vez mais atrelados aos padrões ambientais”, disse Freitas.

Cúpula de Sistemas Alimentares

Recém-chegada de Roma, capital italiana, onde participou de encontro preliminar da Cúpula dos Sistemas Alimentares, em Nova York, nos Estados Unidos, Tereza Cristina disse que “pela primeira vez há uma política única defendida por todos os países da América do Sul e Caribe”. Do mesmo modo, segundo ela, esse posicionamento está materializado em 16 mensagens-chave a serem apresentadas no evento organizado pelas Nações Unidas.

“Nossa união foi muito importante para que a agenda a ser debatida e lançada em setembro possa ter os 16 pontos comuns”, disse a ministra. Além disso, as mensagens abordam temas como transformação dos sistemas agroalimentares, demanda dos consumidores e aspectos nutricionais. Bem como, estratégias de produção e assuntos ambientais e o papel das Américas nesse contexto.

A reunião da Cúpula dos Sistemas Alimentares ocorrerá no mês de setembro, em Nova York, nos Estados Unidos, na sede das Nações Unidas.

Para conhecer detalhadamente as 16 pontos comuns, clique aqui.

Ft: Agenciabrasil