Segundo o BIS, os serviços financeiros devem ser “baratos, seguros e quase instantâneos”, para todos
O Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) publicou na segunda-feira (15) relatório de trabalho, no qual discute sua visão para o futuro do sistema financeiro.
Assim, batizando-o de “Finternet”, o BIS argumenta que é crucial colocar os usuários dos serviços financeiros “firmemente no centro”. Com acesso a uma variedade mais ampla de serviços e ativos financeiros e maior flexibilidade para gerenciar suas questões nessa frente. Nesse contexto, o documento ainda menciona o caso do Drex no Brasil.
Segundo o BIS, os serviços financeiros devem ser “baratos, seguros e quase instantâneos”, para todos. O sistema financeiro deve ajudar pessoas e empresas a gerenciar riscos, salvaguardar suas economias e investir em um futuro melhor, argumenta.
Aliás, o BIS acredita que os ganhos podem ser “particularmente grandes” nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, diante de sua falta de acesso maior a serviços financeiros no quadro atual.
O BIS vê três componentes necessários para traduzir essa visão em realidade: uma arquitetura econômica e financeira eficiente, tecnologia de ponta; e marcos legais e de governança robustos.
“Incerteza considerável”
Estratégias de unificar os múltiplos ativos financeiros em uma carteira oferecem a possibilidade de reduzir processos lentos, como o de compensações. Dando mais eficiência e serviços confiáveis aos usuários, acredita a instituição.
Mas ela também admite a “incerteza considerável” sobre como de fato as tecnologias inovadoras servirão melhor como uma base para o futuro do sistema financeiro, e seus melhores usos.
Além disso, o BIS acredita que avançar nessa frente “exige experimentação” e vê muitos bancos centrais engajados neste processo “necessário de tentativa e erro”.
Em box, o BIS comenta o caso do Drex, após o sucesso do PIX no Brasil. O BC brasileiro lançou o Drex, um projeto de real digital. Como parte de uma agenda mais ampla para fomentar a competição no sistema financeiro por meio da inovação, cita o BIS.
Aliás, também incluídos nesta categoria estão o Pix, a iniciativa de open finance e a internacionalização do real, diz o BIS. O Drex é apontado como “talvez uma das iniciativas mais avançadas” na tentativa de tornar realidade a unificação de carteiras, “ele certamente não é o único”.
Assim, o BIS menciona também projetos do BC da Coreia do Sul e de Cingapura, nessa mesma linha. BIS menciona Drex do Brasil ao defender futuro sistema financeiro com usuário no centro.
Fonte: cnn