Embora as exportações tenham recuado, a diminuição do saldo comercial positivo de 2023 para 2024 está relacionado, principalmente, com o aumento das importações
Atualmente, a balança comercial registrou superávit de US$ 74,55 bilhões em 2024, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (6).
Como resultado, há um superávit quanto as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário.
De acordo com dados oficiais, houve uma queda de 24,6% no saldo positivo da balança comercial na comparação com o ano de 2023 — que somou US$ 98,9 bilhões (recorde histórico).
Esse também foi o menor saldo para um ano fechado desde 2022 (+US$ 61,5 bilhões).
Contas externas
Dessa forma, a piora na balança comercial em 2024 é um dos fatores que estão pressionando para cima o rombo das contas externas, que somou US$ 46,8 bilhões de janeiro a novembro deste ano, segundo dados do Banco Central. No mesmo período do ano passado, o saldo negativo foi de US$ 18,9 bilhões.
As contas externas de um país são um conjunto de registros financeiros que refletem suas transações econômicas com o resto do mundo. Assim, elas fazem parte do Balanço de Pagamentos e incluem diversos itens que podem ser agrupados em grandes categorias.
Entram no bojo das contas externas:
- Balança comercial
- Comércio de serviços
- Investimentos diretos
- Investimentos em carteira
- Rendimento recebido do exterior, como juros, lucros e salários.
- Pagamentos ao exterior de juros sobre dívidas, lucros de empresas estrangeiras e salários.
- entre outros itens
Nesse sentido, o BC costuma explicar que o tamanho do rombo das contas externas está relacionado com o crescimento da economia. Quando cresce, o país demanda mais produtos do exterior e realiza mais gastos com serviços também. Por isso, o déficit também sobe.
Apesar da piora das contas externas, seu saldo negativo tem sido coberto pelos investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira, que totalizaram US$ 68,3 bilhões até novembro, contra US$ 64,4 bilhões no mesmo período de 2023. Isso quer dizer que os investimentos em dólar têm financiado o rombo das contas externas.