A Turquia já havia lançado anteriormente incursões militares na Síria contra a milícia curda YPG
Os recentes ataques aéreos turcos no norte da Síria ameaçaram a segurança de militares dos EUA e a escalada da situação comprometeu anos de progresso contra militantes do Estado Islâmico, disse o Pentágono na quarta-feira (23).
“Recentes ataques aéreos na Síria ameaçaram diretamente a segurança do pessoal dos EUA que está trabalhando na Síria com parceiros locais para derrotar o ISIS. E manter a custódia de mais de dez mil detidos do ISIS”. Disse o porta-voz do Pentágono, o brigadeiro-general da Força Aérea Pat Ryder, em um comunicado.
Sendo assim , o pentágono afirmou estar “profundamente preocupado” com os ataques no Iraque, no norte da Síria e na Turquia.
Conflitos e os ataques turcos na Síria
O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, disse na terça-feira (22) que o exército atingiu 471 alvos na Síria e no Iraque desde o fim de semana. Assim, seu ministério o citou dizendo que 254 militantes foram “neutralizados”, um termo geralmente usado para designar mortes maldosas.
Ancara, capital da Turquia, lançou operações aéreas no fim de semana em retaliação a um ataque a bomba em Istambul uma semana antes. Que aliás, matou seis pessoas e culpou a organização armada YPG. No entanto, ninguém assumiu a responsabilidade e o partido PKK e o YPG negaram envolvimento.
A Turquia já havia lançado anteriormente incursões militares na Síria contra a milícia curda YPG. Considerando-a uma ala do proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que a Turquia, os Estados Unidos e a União Europeia designam como um grupo terrorista.
O comandante das Forças Democráticas da Síria (SDF), liderado pelo YPG, Mazloum Abdi, disse em entrevista ao site de notícias Al-Monitor que sua cidade natal, Kobani, seria o “verdadeiro alvo” de qualquer ofensiva terrestre. Sendo de importância estratégica para a Turquia ao conectar áreas em Síria que já controla.
Ele criticou uma “resposta fraca” da Rússia e de Washington aos ataques aéreos turcos.
Os Estados Unidos se aliaram às Forças Democráticas da Síria na luta contra o Estado Islâmico na Síria, causando um profundo desentendimento com a Turquia.
Fonte: datamercantil