No momento, você está visualizando Aliança Láctea Sul-Brasileira discute avanços do setor em encontro sediado na Famasul
Aliança Láctea Sul-Brasileira fortalece setor leiteiro. Representantes do setor, autoridades do governo e entidades técnicas participaram Foto: Famasul

Aliança Láctea Sul-Brasileira discute avanços do setor em encontro sediado na Famasul

Aliança Láctea Sul-Brasileira promove ações estratégicas para o setor lácteo

A Famasul sediou (10) a reunião da Aliança Láctea Sul-Brasileira. Trata-se do primeiro encontro desde a entrada de Mato Grosso do Sul no grupo de estados. Portanto, o objetivo é ampliar a produção e industrialização do leite na região.

Representantes do setor produtivo, bem como do governo e de entidades técnicas de várias regiões participaram para debater o mercado. O foco foi a consolidação de políticas, assim como ações estratégicas.

Mato Grosso do Sul passou a integrar oficialmente a Aliança em outubro do ano passado. Desde então, deu importantes passos para ampliar sua participação na atividade leiteira. Além disso, busca sustentabilidade, qualidade e competitividade.

Cadeia do leite nos estados

O encontro contemplou discussões sobre o calendário de encontros em 2025. Também houve apresentação do Relatório Socioeconômico da cadeia do leite nos estados. Por outro lado, foi feita análise dos impactos comerciais pós-tarifaço dos Estados Unidos. Além disso, foram abordadas atualizações sanitárias relacionadas à brucelose e tuberculose animal.

Portanto, o evento reforçou a integração entre os estados. Assim, fortaleceu o setor leiteiro. Dessa forma, contribuiu para o avanço da produção e industrialização do leite na região. Também foram discutidos o Plano de Desenvolvimento da Competitividade Global do Leite Sul-Brasileiro e a valorização do produtor rural.

MS vem avançando na cadeia produtiva de leite

Mato Grosso do Sul vem avançando de forma significativa na cadeia produtiva do leite. Em 2024, o estado superou a marca de 190 milhões de litros produzidos, resultado que reflete o fortalecimento das políticas públicas voltadas ao setor. Um dos principais pilares desse desenvolvimento é a atuação do Senar/MS, que atualmente atende 28% das propriedades leiteiras do estado, totalizando 6.704 produtores assistidos com ações de capacitação e assistência técnica e gerencial.

Entre as iniciativas estratégicas, destaca-se o Projeto de Melhoramento Genético de Rebanhos Bovinos Leiteiros, desenvolvido em parceria com o Governo do Estado, que prevê um investimento de R$ 4,3 milhões até 2026. A proposta contempla a realização de duas mil inseminações artificiais em tempo fixo (IATF), 1.200 transferências de embriões e a distribuição de 427 animais entre bezerras, novilhas e touros, a produtores selecionados dentro do Proleite. Toda a operação está sob responsabilidade do Senar/MS, por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), que também conduz o diagnóstico reprodutivo e a implementação de melhorias genéticas nas propriedades atendidas.

Outro destaque é o Pró-Leite, programa elaborado pelo Governo do Estado em conjunto com a Câmara Setorial da Cadeia do Leite. A iniciativa integra ações de melhoramento genético, apoio à indústria láctea, assistência técnica e gerencial, além do subprograma Leite Vida, voltado ao fortalecimento do setor com foco social. A meta é elevar a produção anual de leite em quatro milhões de litros no período de seis anos, com ganhos qualitativos e maior competitividade, especialmente para os pequenos e médios produtores. O investimento previsto é de R$ 70 milhões ao longo de dois anos.

Rumo à competitividade global

O setor lácteo sul-brasileiro, responsável por 41% de todo o leite industrializado sob inspeção, enfrenta desafios como a saturação do mercado interno, o baixo poder aquisitivo do consumidor e os altos custos de frete. A Aliança Láctea Sul-Brasileira propôs um Plano de Desenvolvimento da Competitividade Global do Leite Sul-Brasileiro (PDCGL) para transformar a região Sul em um polo competitivo no mercado global, exportando produtos lácteos de maior valor agregado.

Para isso houve deterinação de cinco eixos de atuação

  • Produtividade; incentivo à tecnologia, assistência técnica e pesquisa.
  • Qualidade; conformidade com as INs e mais sólidos de leite.
  • Sanidade; elevação do status sanitário e bem-estar animal.
  • Eficiência; organização da cadeia produtiva para eficiência da indústria e dos produtores.
  • Exportação; incentivos para acesso ao mercado externo.

Para atingir os objetivos estabelecidos em reunião, são sugeridas ações estratégicas. Além disso, a regionalização das iniciativas é priorizada. Assim, regiões com maior potencial ganham destaque. Por outro lado, busca-se reduzir a volatilidade de preços. Isso ocorre por meio de contratualizações.

Também se almeja melhorar a reputação dos lácteos brasileiros no exterior. Assim, o foco está na rastreabilidade, na certificação ambiental e no bem-estar animal.

A meta é aprimorar a eficiência nas fazendas. Além disso, investir em melhorias genéticas, valorizando o manejo, ao mesmo tempo em que se prioriza a alimentação.

Também é importante organizar a estrutura e a logística. Além disso, fortalecer a contratualização para que, dessa forma, possa haver fidelização das relações entre produtor e indústria. Dessa forma, as ações buscam resultados sustentáveis.

Fonte: Famasul