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Esse algoritmo consegue detectar, com taxa de 93% de acerto, o que é o líquido amniótico, substância que envolve o bebê em desenvolvimento

Algoritmos são utilizados para analisar ressonância magnética

Análise das imagens pode ajudar a prevenir doenças na gravidez

Pesquisadores brasileiros do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) desenvolveram um algoritmo que analisa imagens de ressonância magnética com rapidez e precisão, o que pode ajudar médicos a detectar problemas na gestação.

Esse algoritmo consegue, atualmente, detectar, com taxa de 93% de acerto, o que é o líquido amniótico, substância que envolve o bebê em desenvolvimento. Uma das funções do líquido amniótico é proteger o feto.

A quantidade de líquido amniótico pode, do mesmo modo, interferir no desenvolvimento do feto. Um menor volume de líquido ou uma quantidade em excesso podem trazer dificuldades para a gestação, caso não sejam tratadas adequadamente.

Quantidade de líquido amniótico

“Ver a normalidade do líquido amniótico é muito importante porque ele reflete, primeiro, o bem estar do feto, e reflete também a possibilidade de algumas patologias”, disse Heron Werner, médico da rede de saúde integrada Dasa e um dos responsáveis pelo estudo.

Segundo ele, se a quantidade de líquido amniótico estiver aumentada, isso pode significar uma patologia gastrointestinal ou uma má formação do sistema nervoso central do feto. Também pode, dessa maneira, significar que a mãe tem diabetes.

Do contrário, se o volume de líquido estiver diminuído, pode indicar que o bebê é pequeno ou que há uma insuficiência placentária. Também pode significar um problema na função renal. Por isso é importante analisar com precisão a quantidade de líquido amniótico na gestação, diz o médico.

Exame com algoritmo

Atualmente, a maneira como o volume do líquido amniótico é calculado é subjetiva. Quando um exame de ultrassom aponta algum problema para a gestação, os médicos, portanto, solicitam um novo exame, uma ressonância magnética.

Após essa ressonância, o médico então começa a analisar as imagens por meio de algoritmo. “Se eu quisesse um cálculo de precisão, eu teria que pegar todos os cortes da ressonância, desenhar a área do liquido amniótico em cada corte e fazer o cálculo. E isso iria levar horas já que tenho em torno de 200 cortes em uma ressonância”, disse o médico.

Ft: agenciabrasil