A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) apresentou (22/6) o seu Plano Estratégico para o triénio 2020-2022, enunciando como prioridades a ação externa na captação de investimento, a capacitação e digitalização do tecido exportador nacional e a valorização da marca Portugal.
Sublinhando o crescimento e importância das exportações portuguesas nos anos que precederam imediatamente a pandemia, Luís Castro Henriques, presidente da agência, projetou o próximo triénio sempre com um foco na angariação de investimento produtivo para Portugal que permita a projeção do país como uma economia inovadora. Para 2021, a expectativa passa já por “um ano bom de angariação de investimento”, que o presidente espera se venha a revelar “em linha com 2018 e 2019”.
Simultaneamente, o impacto do Plano de Recuperação e Resiliência europeu não pode ser ignorado, relembra Castro Henriques, que defende que esta é uma oportunidade que Portugal não pode deixar passar em termos de angariação e fomento de investimento direto estrangeiro produtivo e que financie projetos inovadores.
Assim, em primeiro lugar, a AICEP aponta aos motores da ação externa, sobretudo ao nível dos mercados europeu, americano e lusófono e da angariação pró-ativa de investimento. Para isto, a agência irá abrir duas novas delegações na Escandinávia – Finlândia e Noruega – que, apesar de subordinadas à de Estocolmo, visam a afirmação do país em mercados competitivos ao nível europeu onde a marca Portugal é ainda pouco estabelecida.
Já no caso americano, será criada uma nova delegação de raiz em Chicago, de forma a manter presença na região central norte do país, que conta já com escritórios na costa Leste, em Nova Iorque, e na Oeste, em São Francisco.
Adicionalmente, a AICEP anunciou a criação de novas campanhas internacionais de promoção, incluindo ações de promoção cruzada de indústrias e a presença em feiras físicas, que deverão regressar nos próximos tempos. Em particular, a presença na Expo Dubai 2020 foi destacada como um motor da internacionalização portuguesa na região do Golfo, onde o dinamismo económico é particularmente interessante, e na Hannover Messe 2022, a maior feira industrial do mundo.
“Temos sistematicamente conseguido captar mais negócio na Alemanha, um mercado extremamente competitivo”, relembrou Luís Castro Henrique, que considera esta feira como “a nossa oportunidade dourada para apresentar Portugal à indústria mais alargada alemã”.
Fonte: Jornal Econômico, foto: dinheirovivo