A colheita da soja e plantação do milho safrinha movimentam o agronegócio em 2022 , quase 2,5 milhões de trabalhadores temporários tiveram contratação no Brasil
Mais de 40% das vagas temporárias no Brasil têm origem no agronegócio ou em sua cadeia produtiva. O resto se divide entre a área da prestação de serviços, como quem trabalha em salão de beleza, por exemplo, e na área de tecnologia da informação. Assim, apenas 10% das vagas tem destino ao comércio.
A colheita da soja e plantação do milho safrinha movimentam o agronegócio em 2022 , quase 2,5 milhões de trabalhadores temporários tiveram contratação no Brasil. A Associação Brasileira do Trabalho Temporário calcula que apenas para o primeiro trimestre deste ano, o mercado terá mais 830 mil oportunidades. Aliás, um aumento de 8% em comparação com o mesmo período de 2022.
Assim, o presidente da Asserttem, Marcos de Abreu, conta que muitas das vagas nesta área não precisa de conhecimento sofisticado e que a orientação do serviço fica a cargo do próprio colega de serviço e ressalta a importância do trabalho temporário na economia do país.
“A recuperação econômica é prevista nesse primeiro trimestre por causa desses fatores favoráveis né, as contratações”, conta Marcos.
Vagas temporárias no agronegócio
Em uma fazenda em Rio Verde, Goiás, com 940 hectares de soja, a primeira parte da área plantada já está secando, quase no ponto da colheita. Ao mesmo tempo, quem trabalha no campo já se prepara para plantação do milho safrinha. Portanto, para tanto trabalho, o produtor rural Flávio Faedo vai precisar contratar mais funcionários.
“Nós contratamos temporários, em torno de quatro para seis pessoas, depende da quantidade de máquinas, mais outras pessoas que são envolvidas no processo”, diz Flávio.
O produtor rural Ricardo Mota espera colher mais de 52 mil sacas de soja. A propriedade tem 750 hectares. Como a colheita começa nos próximos dias, um galpão foi montado para preparação dos trabalhos na lavoura. Além disso, algumas pessoas já tiveram contratação e ainda tem vagas em aberto.
“Quando vem o período de colheita, nós implementamos até cinco vezes mais funcionários”, relata Ricardo Mota.
O Cícero é um dos contratados. Ele é operador de máquinas e prefere trabalhar por temporada, assim consegue ganhar 40% mais do que se fosse um funcionário fixo.
“É um período rápido onde você ganha um dinheirinho, né? Agora é hora de ganhar o dinheiro”, conta Cícero.
Fonte: G1