Aportes na conversão de pastagens em área agrícola em MS somaram R$ 12 bi em 11 anos, foram transformados 3,6 milhões de hectares no período
De 2010 a 2021, a transformação do Agro de MS foi superior a 3,6 milhões de hectares, sendo 48% para produção de grãos e 22% para flores. Com destaque nacional em práticas conservacionistas e de baixo carbono, Mato Grosso do Sul segue contribuindo para a mitigação de gases de efeito estufa com o uso do ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta).
Em 11 anos, por meio desse processo, houve transformação de 3,6 milhões de hectares de pastagens em áreas produtivas, gerando investimentos de mais de R$ 12 bilhões, considerando os recursos necessários para implantação de grãos e florestas plantadas.
Segundo o Departamento Técnico do Sistema Famasul, com dados da pesquisa encomendada pela Rede ILPF, o estado já superou 2,5 milhões de hectares com sistemas de integração e ocupa o primeiro lugar entre os que adotam essa estratégia de produção.
“O resultado positivo no uso dos sistemas de integração se dá porque Mato Grosso do Sul fez a expansão de sua produção agropecuária baseada na conversão de áreas. A produção agrícola cresceu em áreas anteriormente ocupadas por pastagens.
Tal mudança no uso e ocupação do solo tem sido o grande motor econômico do estado. Assim, ao mesmo tempo que tem garantido o cumprimento das metas ambientais para o MS e Brasil”, afirma a analista técnica, Eliamar Oliveira.
“Para se ter uma dimensão dos impactos econômicos, essa transformação injetou na economia do Mato Grosso do Sul algo em torno de R$ 12 bilhões ao longo desses 11 anos, tendo em vista os recursos necessários para implantação da soja, cerca de R$ 4,9 mil por hectares. Ainda mais, do eucalipto, com aproximadamente R$ 4,5 mil por hectare, sobre áreas de pastagens”, detalha.
Sustentabilidade do Agro MS
Em 2009 na Conferência das Partes (COP) de Copenhague, o Brasil se comprometeu em reduzir a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). Para cumprir o compromisso, o país instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Assim, em 2011 foi aprovado o Plano Setorial de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC).
O Plano ABC foi estruturado em sete programas: Recuperação de Pastagens Degradadas; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs). Além disso, conta com Sistema Plantio Direto (SPD); Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN); Florestas Plantadas. Bem como, Tratamento de Dejetos Animais; Adaptação a Mudanças Climáticas. Esses programas são importantes para o Agro de MS.
Nesse sentido, com os programas de ILP e ILPF, a agropecuária brasileira alcançou cerca de 13,8 milhões de hectares com esses sistemas. Resultado 344% superior aos 4 milhões de hectares propostos no Plano ABC. Sobretudo, com o uso dessas tecnologias foi possível deixar de emitir 52,1 milhões de t CO eq. Esse total foi 290% maior ao estabelecido no Plano.
ft: cnabrasil