Pelo sétimo ano seguido, os portugueses viram o número de imigrantes aumentar: passou de 780 mil para 980 mil
Pelo sétimo ano seguido, o número de imigrantes aumentou em Portugal, e novamente os brasileiros tiveram uma grande participação nesse aumento. No entanto, o alto custo de vida e os baixos salários estão causando desafios para quem tenta a vida por lá, levando alguns a viverem em barracas porque não conseguem pagar um lugar para morar. Esse é o caso de Andreia Costa.
“O salário mínimo aqui é 760 euros, se eu não me engano. Aí eu pagava 400 euros no quarto. Então,imagina você receber 760 euros e pagar 400 euros?”. Mas a gente se vira. Eu tomo banho na praia quando está sol ou tomo banho nas minhas clientes que eu faço as limpezas”, conta.
Quem também enfrenta essa situação é a empregada doméstica Márcia Álvaro. “Eu vim para aqui por causa das necessidades, né. Porque lá eu estava pagando absurdamente em um quarto compartilhado e não estava havendo vantagem, porque meu dinheiro estava só saindo”, explica.
Aliás, a prefeitura e a Segurança Social de Portugal afirmaram que estão acompanhando a situação na área, mas não informaram se foi oferecida alguma ajuda para os imigrantes.
A especialista em imigração enfatiza a importância do planejamento antes da mudança e a necessidade de estrutura para evitar que imigrantes se encontrem em situações difíceis.
“Não basta sonhar e mudar, né? Você precisa planejar a sua mudança e vir de forma estruturada. Cada vez mais planejamento é fundamental para quem vai mudar, para que o número de brasileiros não engrosse essa fila de pessoas que vão pedir, de fato, ajuda para voltar. Porque ficam em uma condição que não têm nem dinheiro para passagem”, afirma Patrícia Lemos.