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Conhecer os tipos de fomes, ou vontade de comer, nos ajuda a ter autoconhecimento e tomar decisões no momento de comer

VONTADE DE COMER: Reconheça 7 estímulos além do fisiológico

O apetite também influencia-se por questões externas para se alimentar com prazer e nutrir o corpo

Vontade de comer, ou melhor, nos alimentamos, muitas vezes, por estresse, ansiedade ou quando estamos tristes. Isso vai além da necessidade fisiológica. É importante saber reconhecer a fome. E, de maneira idêntica, entender que o apetite também é influenciado por questões externas para se alimentar com prazer e nutrir o corpo.

A fome orgânica, por exemplo, é a necessidade do organismo de obter alimentos para se manter funcionando. Geralmente, o corpo dá sinais físicos de que precisa se alimentar. Por isso, é comum sentir fraqueza, dor de cabeça ou de estômago quando ficamos muito tempo sem comer.

Os estímulos desencadeiam a vontade de comer?

O Mindful Eating que pode ser traduzido como “comer consciente”, é a prática de alimentação que demanda atenção plena à comida na hora das refeições. De acordo com essa prática, a fome também é estimulada pelos sentidos. Cada um dos sentidos possui características e peculiaridades próprias, que participam diretamente do consumo de alimentos.

“Recebemos muitos estímulos e os sentidos também nos dirigem até um prato de comida. Conhecer os tipos de fomes nos ajuda a ter autoconhecimento e tomar decisões no momento de comer”, explica Antonaccio. Para Driele Quinhoneiro, cofundadora e diretora do Centro Brasileiro de Mindful Eating, são eles:

Celular ou fisiológico e a vontade de comer

É conhecida como fome orgânica e surge com a necessidade fisiológica de comer e de repor nutrientes. Geralmente, não está relacionada a nenhum alimento específico. Ela se manifesta por meio de sensações físicas — como quando sentimos o estômago roncando, pela percepção de que nos falta energia –ou ainda quando pensamos na possibilidade de comer.

Visão

O estímulo visual aguça a fome. É comum sentir vontade de comer após ver uma propaganda na televisão ou imagens de comidas saborosas. Para evitar comer por impulsividade, os especialistas consultados recomendam estar presente ao ato de comer, prestar atenção ao que se come, sem distrações como celular.

Olfato

Sentir o cheiro de comida caseira aumenta o apetite. E o olfato também contribui para sentirmos o sabor dos alimentos. É comum ter fome logo depois de perceber um aroma agradável de uma receita. É o que acontece quando passamos, por exemplo, em frente a uma padaria e sentimos o cheiro do pão quentinho.

Vale destacar, no entanto, que a indústria coloca diferentes aromatizantes nos alimentos para estimular esse tipo de fome.

Paladar

Assim, aprendemos a gostar dos sabores que os alimentos nos proporcionam. Nesse sentido, a vontade de comer alguns alimentos também está dentro de um contexto cultural e regional. Por isso, degusta-se prazeirosamente certos alimentos em algumas regiões e, de modo modo diferente, causam estranheza em outras.

Portanto, o paladar é o sentido que permite diferenciar os sabores por meio das papilas gustativas distribuídas em toda a cavidade oral.

Tato

O tato traz informações sobre textura, forma, peso, temperatura e consistência de um alimento e tais percepções influenciam o prazer de comer. Por conta disso, é comum que as crianças gostem de sentir os alimentos com as mãos.

Audição

O que ouvimos também pode desencadear a vontade de comer. Acontece, por exemplo, quando escutamos falar sobre comida ou ouvimos o barulho de um pacote de biscoito sendo aberto. O próprio ruído que fazemos ao mastigarmos um alimento faz parte do processo de se alimentar.

Mente

A fome pode estimular-se pelos pensamentos. Geralmente, envolve as crenças da pessoa ou regras de dieta (“menos carboidrato ou mais proteínas”) e também a sensação de merecimento — (“fui para a academia, posso comer um chocolate”).

É importante notar quais são esses pensamentos e como eles influenciam nas escolhas alimentares.

Emocional

É o tipo de vontade de comer ligada as emoções e ao desejo de consumir alimentos que trazem a sensação de conforto e acolhimento.

Por isso, é importante reconhecer quais alimentos são desejados em momentos de estresse ou ansiedade. É necessário verificar o que tem por trás da emoção envolvida, o que você realmente está buscando.