Frente parlamentar debate implantação da Rota Bioceânica na Capital
A Câmara Municipal de Campo Grande deu o pontapé inicial nos trabalhos da Frente Parlamentar criada para acompanhar de perto a implantação da Rota Bioceânica na Capital. Assim, a primeira reunião, realizada (15), reuniu vereadores, bem como representantes da Prefeitura e integrantes do Governo do Estado para uma conversa estratégica sobre o impacto que o corredor logístico pode trazer para a Capital sul-mato-grossense.
O real impacto do corredor logístico
Presidida pelo vereador Epaminondas Neto, o Papy, a Frente Parlamentar busca criar um canal direto entre o Legislativo e os desdobramentos da Rota Bioceânica, considerada sobretudo uma das mais importantes conexões comerciais entre o Brasil e o mercado asiático. “A ideia é que, com a nossa Frente Parlamentar, logo possamos ter reuniões de trabalho periódicas para debater as oportunidades que surgirão com a Rota Bioceânica. Dessa forma, queremos discutir o real impacto desse corredor logístico para Campo Grande. Além disso, queremos também nos preparar para o que vamos desfrutar no futuro. Assim, é importante nos conectarmos, enquanto vereadores, com a população para representar as demandas relacionadas a esse tema”, destacou Papy durante a abertura dos trabalhos.
Além do presidente da Casa, compõem a Frente os vereadores Ronilço Guerreiro, juntamente com Dr. Lívio, Luiza Ribeiro, Maicon Nogueira, Veterinário Francisco e por fim, Fábio Rocha. A reunião também contou com a presença de Markito Perez, secretário-executivo de Gestão Política da Capital no Governo do Estado.
A pauta foi reforçada com a apresentação do assessor logístico da Semadesc, Lúcio Lagemann, que compartilhou projeções sobre os impactos do projeto. “Com cooperação, liderança e planejamento, podemos transformar o Estado em um grande hub logístico continental”, pontuou ele. Segundo os dados apresentados, Campo Grande tem papel de destaque nesse processo, funcionando como elo entre os polos produtivos locais e os portos chilenos que darão acesso direto ao Pacífico.
Encurtar distâncias
A proposta da Rota é encurtar distâncias e custos para a exportação brasileira, sobretudo para os mercados asiáticos. O corredor internacional atravessará Paraguai e Argentina antes de chegar ao Chile. Isso tornará Mato Grosso do Sul e principalmente a sua capital em um centro logístico privilegiado.
Para o vereador Ronilço Guerreiro, a iniciativa pode mudar a realidade econômica local. “A Rota Bioceânica trará mais empregos, bem como aumentará a arrecadação em Campo Grande e no Estado. Com ela, novas empresas e indústrias poderão se instalar em nossa região. Por isso, é fundamental discutirmos esse tema. Campo Grande precisa de oportunidades para movimentar sua economia.”
O gerente de Integração e Parcerias da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Paulo Cesar Fialho, reforçou o protagonismo da cidade no contexto internacional. “Cerca de 26 cidades serão impactadas pela Rota Bioceânica ao longo de quatro países. E Campo Grande é a que mais se destaca ao longo desse corredor, que será uma grande ferramenta de desenvolvimento.”
Fonte: Câmara Municipal CG