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A ideia é diferenciar humanos de robôs e inteligências artificias, com cada usuário humano tendo uma World ID, espécie de “passaporte” que serve como uma “prova de humanidade”. - Foto: Reprodução.

Venda de íris no Brasil? Entenda os riscos do novo projeto de Sam Altman

Vazamentos de informações únicas e imutáveis, como a íris, podem ter consequências irreversíveis, com vazamento de dados biométricos. É como vender sua digital

Venda de íris no Brasil? Atualmente (13), um vídeo viralizou no TikTok e em outras redes sociais: uma jovem mostrou como foi “vender meu olho” ao visitar um local em São Paulo com uma fila de pessoas com o mesmo objetivo, seguindo o passo a passo para realizar a operação e ganhar uma quantia em dinheiro. Por trás do vídeo está o World, projeto liderado por Alex Blania e Sam Altman, o CEO da OpenAI.

O projeto World, liderado por Sam Altman, CEO da OpenAI, promete pagar para que a pessoa registre seu olho num banco de dados. A ideia é diferenciar humanos de robôs e inteligências artificias, com cada usuário humano tendo uma World ID, espécie de “passaporte” que serve como uma “prova de humanidade”. O projeto chegou oficialmente no Brasil no final do ano passado e já faz filas.

Riscos de vender sua íris

Há, obviamente, alguns riscos a se considerar. Vazamentos de informações únicas e imutáveis, como a íris, podem ter consequências irreversíveis, com vazamento de dados biométricos. É como vender sua digital. Também persistem dúvidas quanto à segurança e clareza das práticas de uso dos dados. Países como Espanha e Portugal já proibiram a prática. Além disso, a troca de dados por dinheiro pode ser interpretada como exploração de populações vulneráveis. “O avanço tecnológico deve sempre vir acompanhado de medidas robustas para garantir que direitos fundamentais não sejam comprometidos. Autoridades e sociedade civil têm papel crucial na promoção desse equilíbrio”, diz Antonielle Freitas, responsável pela área de proteção de dados do Viseu Advogados.

Enfim, no Brasil, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) iniciou uma fiscalização para avaliar as práticas da venda da íris no Brasil e da World em conformidade com a LGPD. Este processo pode definir importantes precedentes para iniciativas futuras no país. Melhor que seja assim.

Fonte: veja