Uma geração é moldada por acontecimentos, o que impacta em sua forma de pensar e nos valores que ela traz consigo
Com a entrada cada vez mais frequente da Geração Z nascidos entre 1997 e 2012, ou seja, pessoas entre 12 e 27 anos no mercado de trabalho, é natural que a relação gere reclamações e críticas, demandando adaptações das lideranças.
Uma geração é moldada por acontecimentos, o que impacta em sua forma de pensar e nos valores que ela traz consigo. Com a aposentadoria dos Baby Boomers – nascidos entre 1945 e 1964, a Gen Z está entrando no mercado para substituí-los. Trazendo um novo jeito de se comportar e de desempenhar tarefas.
Assim, em entrevista ao Daily Mail, a especialista em carreira do LinkedIn Charlotte Davies afirmou que a Geração Z é a audiência que mais cresce na plataforma e ressaltou que muitos deles entraram no mercado em um momento atípico, quando a pandemia nos forçou a trabalhar de forma remota ou híbrida.
“Parece haver uma falta de comunicação entre os diferentes grupos etários e os funcionários falam apenas com seus grupos, perdendo a oportunidade de crescer na carreira. Aliás, a Gen Z perdeu observações informais e dicas vitais que normalmente guiam o comportamento e a colaboração. Então é vital que os funcionários se engajem ativamente com eles de forma verdadeira”, opinou.
Davies deu cinco dicas para quem enfrenta problemas para trabalhar com pessoas da Geração Z:
Promova oportunidades de crescimento profissional
Para os integrantes dessa geração, é importante sentir que há espaço para progredir. Quatro em 10 pessoas da Geração Z dizem que oportunidades para crescer e aprender são as principais prioridades quando avaliam a cultura e os valores de uma empresa.
Lembre-se de que essa não é uma geração que espera passar a vida inteira no mesmo emprego. Eles tendem a ter carreiras adaptáveis. Portanto invista em experiências para que desenvolvam novas habilidades ou expostos a outros times.
Entenda as motivações
Essa geração valoriza muito o balanço entre vida profissional e pessoal, então não espere a atitude de quem entra mais cedo e sai depois do horário para mostrar que veste a camisa da empresa.
Muitos profissionais entraram para o mercado justamente em um período em que a saúde era prioridade e quando era possível trabalhar em qualquer ambiente. Faz sentido que eles priorizem empresas em que encontrem mais flexibilidade.
Encoraje a troca entre os funcionários
Davies aponta que outra herança da pandemia é a falta de confiança para interagir com outras gerações, ainda que a Geração Z reconheça a importância do networking. Cabe ao gestor encorajar que pessoas de diferentes faixas etárias interajam em atividades interativas, como reuniões de brainstorming.
Também vale a pena manter o canal de comunicação aberto para que esses profissionais se sintam incluídos e parte da empresa para compartilhar suas ideias e opiniões. Outra sugestão é levá-los para eventos de networking e apresentá-los para sua rede de contatos.
Apoie o desenvolvimento das soft skills
A profissional indica que uma pesquisa do LinkedIn mostrou que metade dos funcionários reconhecem que aqueles que começaram as carreiras durante a pandemia necessitam de maior apoio para desenvolver soft skills, como comunicação, liderança e empatia.
A Geração Z mostra que tem abertura para aprender, então uma boa alternativa é convidar os colegas para as conversas, perguntar sobre suas opiniões e pedir feedbacks. A comunicação aberta cria times mais fortes.
Aceite que eles sejam mentores
Dados do LinkedIn indicam que a Geração Z não costuma procurar para dar conselhos no ambiente de trabalho. Mas não se esqueça de que eles vão dominar a força de trabalho com sua visão de mundo. Então vale a pena entender suas perspectivas.
Considere a possibilidade de mentoria reversa, juntando profissionais mais jovens e mais velhos em duplas, para que lacunas sejam preenchidas. Aliás, essa atitude vai ajudar nas soft skills que faltam aos mais novos. Além de manter os mais experientes atualizados.
Fonte: revistapegn