Mato Grosso do Sul um dos principais estados produtores de soja do Brasil
O estado dá início ao vazio sanitário sobre o o controle da ferrugem-asiática em MS. Essa medida faz parte do calendário estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da temida ferrugem-asiática da soja.
O vazio sanitário consiste em um período contínuo de 90 dias em que não é permitido manter plantas vivas de soja em uma determinada região.
Essa medida tem como objetivo reduzir a população do fungo durante a entressafra, atrasando sua ocorrência durante a safra e minimizando os riscos de perdas na produção.
A pesquisadora Claudine Seixas, da Embrapa Soja, ressalta a importância do vazio sanitário. Segundo ela, essa estratégia contribui para diminuir a incidência da ferrugem-asiática e suas consequências devastadoras. A doença pode causar perdas de até 80% na produção, resultando em prejuízos significativos para os agricultores.
Desde a introdução da ferrugem-asiática em MS da soja no Brasil, em 2001, a doença tem se mostrado a mais severa para a cultura.
O Consórcio Antiferrugem alerta que os custos com o controle da ferrugem e de outras doenças ultrapassam US$ 2 bilhões por safra no país.
O fungo tem a capacidade de se adaptar às estratégias de controle existentes, tornando o desenvolvimento de soluções práticas ainda um desafio.
A pesquisadora Claudia Godoy, também da Embrapa Soja, destaca que o manejo adequado é essencial para o controle da ferrugem-asiática.
Além do vazio sanitário, as práticas recomendadas incluem o uso de cultivares de ciclo precoce, semeadura na época adequada, adoção de cultivares resistentes, respeito ao calendário de semeadura e o uso de fungicidas.
Fonte: guiadefatos