Trump ordenou, pelas redes sociais X e Truth Social, o bloqueio total de petroleiros sancionados da Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou (16) um bloqueio “total e completo” a todos os navios petroleiros que estejam sob sanções e que entrem ou saiam da Venezuela. O anúncio foi feito em publicações nas redes sociais X e Truth Social, nas quais o líder americano elevou o tom contra o governo de Nicolás Maduro.
Segundo Trump, o petróleo venezuelano estaria sendo utilizado para financiar atividades criminosas, como narcotráfico, tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros
“Hoje estou ordenando um bloqueio total e completo de todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela”, escreveu o presidente, ao afirmar que o país está “completamente cercado”.
Sobretudo, a medida ocorre em meio à escalada de tensões entre Washington e Caracas. Desde agosto, os Estados Unidos reforçam a presença militar no Caribe e apresentaram inicialmente a operação como parte do combate ao tráfico internacional de drogas. Trump afirmou (16) que a Venezuela estaria cercada “pela maior Armada já reunida na história da América do Sul”.
As novas declarações retomam a política adotada por Trump durante seu primeiro mandato
Especialistas apontam que o regime Maduro tem recorrido a uma chamada “frota de navios fantasmas” para driblar as sanções. Essas embarcações, também conhecidas como “navios zumbis”, costumam mudar de nome e bandeira com frequência ou até usar a identidade de navios já desativados, na tentativa de escapar do monitoramento internacional. De acordo com a empresa de inteligência financeira S&P Global, cerca de um em cada cinco petroleiros no mundo pode estar envolvido no contrabando de petróleo de países sancionados. Prática também atribuída à Rússia e ao Irã.
A tensão aumentou após uma operação militar recente. Forças dos Estados Unidos (10) interceptaram e apreenderam um petroleiro no Mar do Caribe, próximo à costa venezuelana. As autoridades identificaram o navio como Skipper e o sancionaram em 2022 sob suspeita de contrabando de petróleo e de favorecer grupos islâmicos no Oriente Médio.
Segundo autoridades da Guiana, o petroleiro navegava com bandeira falsa do país, sem registro oficial. O governo venezuelano reagiu com dureza. Maduro classificou a ação como “pirataria naval criminosa” e afirmou que a embarcação transportava 1,9 milhão de barris de petróleo. Um levantamento da agência Reuters indicou que a apreensão contribuiu para uma queda brusca nas exportações. Deixando cerca de 11 milhões de barris de petróleo e combustíveis retidos em águas venezuelanas.
Em conclusão, o anúncio do bloqueio reforça o clima de incerteza no setor energético e amplia a pressão internacional sobre a Venezuela. Em um momento de forte instabilidade política e econômica no país.
Fonte: agência brasil



