Toda terceiro sábado do mês, Campo Grande tem o TransCine que comemora neste mês, 10 anos de atividades.
Um dos cineclubes mais dinâmicos de Campo Grande, o TransCine – Cinema em Trânsito (TCT) está completando 10 anos de atividade. Sendo assim, para comemorar, o pessoal do TCT promete uma intensa programação cultural no terceiro sábado de cada mês, na Praça do Preto Velho, sempre a partir das 15h.
Portanto, no pacote da festança, haverá uma diversidade de expressões artísticas, sem faltar, naturalmente, produções audiovisuais, que estarão em cartaz com projeções ao ar livre.
Além disso, toda a programação será gratuita. É com essa proposta que o ciclo de eventos Tô Ato Arte vai ocupar a praça pública, que se localiza na Avenida Fábio Zahran, altura do Jardim Paulista.
Dessa forma, o primeiro dia da maratona será neste sábado, e, entre os destaques, vai ter a mostra “Ciclocine”. Em parceria com o coletivo Bici nos Planos CG, o cineclube exibirá trabalhos audiovisuais sobre ciclismo e mobilidade urbana.
Artes em trânsito
“Mensalmente, faremos uma feira com exposições de arte, comida, música e, ao cair da noite, o TransCine fará as exibições de filmes de curta-metragem com diversas temáticas”, explica Mariana Sena, produtora cultural e uma das idealizadoras do coletivo Cinema em Trânsito.
Por isso, ao longo desses 10 anos, foram milhares de pessoas alcançadas, tanto na região central como em bairros da periferia da Capital.
Criado em 2012, com o propósito de democratizar o acesso ao audiovisual, o coletivo realiza curadorias que valorizam obras de artistas do cinema independente, em especial os criadores da cena sul-mato-grossense.
Exibir sempre
Também idealizadora do TransCine, a produtora multimídia Cátia Santos destaca o momento de celebração com bastante humor.
“ De fato, o TransCine merece uma festa, estando há 10 anos ‘na rua, na chuva, na fazenda ou em uma casinha de sapê’”, afirma a cineclubista, que chama atenção para o desafio que “o fazer cinema independente” representa.
“Acima de qualquer coisa, queremos fazer o que gostamos: exibir filmes. Por isso, neste evento, pretendemos continuar com o nosso trabalho de dar acessibilidade e visibilidade à arte do cinema. E convidamos os produtores e diretores que tenham interesse em exibir seus filmes a fazer parte desta história”, convoca a produtora.
Mais três datas em comemoração ao TransCine 10 anos
Quem comparecer à festa – ou melhor, às festas – de aniversário do TransCine pode esperar por muita animação. A agenda segue até outubro.
No mês de agosto, as exibições estão programadas para o dia 20 e serão dedicadas à temática da representatividade racial, envolvendo realizadores e realizadoras afrodescendentes de Campo Grande. Logo depois, em setembro, no dia 17, será a vez de curtas-metragens das irmãs Bigatão sobre onças, araras e o Pantanal.
Os festejos se encerram no dia 15 de outubro, com uma temática livre. “A proposta é que quem queira exibir o seu filme possa levá-lo. A ideia surgiu porque nós sabemos que existem muitos cineastas independentes que não têm oportunidade de levar o seu trabalho ao público”, ressalta Cátia.
Passado e Futuro
O coletivo cumpriu um roteiro, em 2021, pelos parques da cidade para levar a arte das imagens em movimento a diversas regiões, inclusive à periferia campo-grandense.
“Desde a primeira exibição do TransCine, em novembro de 2012, a ideia sempre foi despertar no público a paixão pelo cinema. Quando exibimos filmes em parques da Capital foi algo incrível, vimos o interesse de crianças, adultos e idosos pela arte”, recorda Mariana Sena.
Mariana vem acalentando novos sonhos para o coletivo. “O próximo passo é ampliar, com projetos de oficinas e, também, com mostras competitivas. Criar esse catálogo de filmes e continuar exibindo, que é o que nós mais gostamos de fazer”, conta a produtora cultural.
Ação entre amigos faz TransCine chegar a 10 anos
Quem se depara com a estrutura do TransCine – o kit de exibição inclui telão, caixas de som, microfone e notebook – muitas vezes não faz ideia da luta, e da conquista, que os equipamentos representam.
“ Certamente, levar um pouco de conhecimento em cinema às pessoas é o que faz com que o cineclube exista até hoje. Portanto, tudo é fruto de muito trabalho, resistência e economia pessoal dos integrantes para fazer o coletivo acontecer. Além, claro, de vários parceiros que já ajudaram, na montagem, na divulgação ou até mesmo com apoio financeiro”, lembra Mariana.
Participe
Interessados em inscrever suas obras para o Tô Ato Arte ou apenas em conhecer mais da história do TransCine vão encontrar mais informações nas redes sociais. No entanto, para participar da programação, o cineclube solicita o envio de uma mensagem com manifestação de interesse, nome e ficha técnica das obras para a página do coletivo no Facebook ou para o Instagram @transcinecg.
“Além da nossa curadoria, vamos oferecer um formulário, que estará disponível em nossas redes sociais. Basta preencher que entrará para o nosso catálogo de filmes”, reforça Cátia Santos.
Fonte: cultura ms.gov