As contas do governo central, que incluem o Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, devem registrar um grande superávit de quase R$ 20 bilhões nos 12 meses encerrados em maio deste ano, confira
As contas do governo central, que englobam Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, devem registrar um superávit primário de quase R$ 20 bilhões nos 12 meses encerrados em maio deste ano. A informação foi dada pelo Valor Econômico e confirmada pelo GLOBO junto ao Ministério da Fazenda. Que divulgará o dado oficial nesta quinta-feira (26), durante a coletiva do Relatório do Tesouro Nacional (RTN) de maio.
No acumulado de 2025, o resultado fiscal está cerca de R$ 60 bilhões acima do verificado no mesmo período do ano passado. Todavia, o avanço das receitas, impulsionado por uma atividade econômica ainda forte no início do ano, aliado ao corte de despesas, ajuda a explicar esse desempenho. A Fazenda confirmou que, em termos reais, os gastos do governo estão mais de 3% abaixo do registrado em 2024.
Ao comentar o cenário fiscal, o Tesouro concordou com a avaliação de que a política fiscal adotada neste ano é “extremamente contracionista”.
“No acumulado do ano a redução das despesas primárias em termos reais e aumento significativo do resultado primário possuem efeitos contracionistas sobre a demanda agregada”, informou a pasta.
Apesar do resultado favorável até o momento, o governo mantém cautela quanto à possibilidade de reverter o contingenciamento de despesas realizado em maio
O Ministério da Fazenda informou que não há, por ora, previsão de alteração nos níveis de bloqueio orçamentário. Desse modo, o governo fará a reavaliação das receitas e despesas em julho, com base nas medidas vigentes e na avaliação do terceiro bimestre fiscal.
No Congresso, seguem em discussão a Medida Provisória 1.303, que aumenta a tributação sobre alguns setores, a regulamentação dos supersalários e a reforma da previdência dos militares. Contudo, a pasta afirmou que não há relação direta ou automática entre essas medidas e o cumprimento da meta fiscal de 2025. Nem com o planejamento do orçamento de 2026. No entanto, ela ressaltou que considera os temas relevantes e defende que a sociedade os debata.
Por fim, o Ministério também disseque quaisquer atualizações nas projeções fiscais seguirão os ritos legais. Todavia, como as reavaliações bimestrais de receitas e despesas e a entrega da proposta orçamentária de 2026, prevista para agosto.
Fonte: Ministério da Fazenda