O tremor foi na província de Jujuy, fronteira com Chile e Bolívia
Um terremoto de magnitude 6,8 na escala Richter foi registrado no extremo noroeste da Argentina, na província de Jujuy. Contudo, sem causar danos nem vítimas. Dessa forma, informaram as autoridades locais.
No entanto, o terremoto ocorreu nesta quarta (11). Ainda mais, com epicentro a 177 quilômetros (km) a oeste da cidade de San Salvador de Jujuy. Que é capital da província com o mesmo nome, na fronteira com o Chile e a Bolívia. Tudo isso, indicado pelo Instituto Nacional de Prevenção Sísmica (Inpres) argentino.
Aliás, o epicentro localizou-se a uma profundidade de 220 km. Sendo assim, cerca de 30 minutos antes, foi registrado um tremor de magnitude 3,1 em área próxima.
Entretanto, moradores da capital paulista, de Indaiatuba, na região de Campinas (SP). Bem como, de outras cidades brasileiras relataram, por meio das redes sociais, que sentiram os tremores. Os mesmos, resultantes do terremoto que ocorreu na Argentina. Contudo, no início da noite de terça-feira (10). O fenômeno também se percebeu nas cidades chilenas de Antofagasta e Valparaíso.
Houve relatos de tremores em cidades do interior paulista
Segundo o Centro Sismológico Euro-Mediterrâneo (EMSC) o terremoto, de magnitude 6,8 na Escala Richter, foi bastante profundo. O tremor começou por volta das 20h na região de Jujuy, na Argentina. Em uma região próxima da fronteira com o Chile e a Bolívia.
Apesar da grande magnitude, do terremoto ter ocorrido a uma profundidade muito grande da superfície e dos tremores terem sido percebidos em algumas cidades fora da Argentina, não houve danos materiais nem vítimas. De acordo com o corpo de bombeiros, que relatou que não recebeu nenhum chamado para este tipo de ocorrência. Os meteorologistas esclareceram que não há risco real dos tremores gerarem tsunamis.
O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) informou que recebeu relatos de tremores em cidades do interior paulista. Um morador de Osasco, na grande São Paulo, contou no Twitter que sentiu o prédio onde mora balançar. “Eu moro em Osasco no 13° andar de um prédio. E nosso edifício balançou bastante”. Uma internauta também se manifestou sobre o assunto. “E meu prédio que acabou de mexer? Parece que teve um terremoto agora na Argentina. E deu pra sentir uma chacoalhada aqui na minha rua”, escreveu.
O abalo foi sentido inclusive no Rio Grande do Sul
Os tremores também se perceberam em cidades do sul do Brasil, conforme relatos nas redes sociais. “Terremoto de magnitude 6,8 na Argentina, deu pra sentir aqui em Santa Catarina. Mesma sensação daquele do Chile há uns anos atrás. Uma balançada das boas”, contou um catarinense no Twitter.
O forte terremoto que sacudiu no final da segunda (9) a província de San Juan e que teve uma magnitude de 6,6 se estendeu em locais muitos distantes. Como a cidade de Buenos Aires, por exemplo. Bem como, no Brasil, até no Rio Grande do Sul e no estado de São Paulo.
Por que a terra tremeu em lugares tão longe do epicentro?
O principal fator, explicam os geólogos, foi a grande intensidade do abalo que atingiu a magnitude de 6,6. Foi um dos mais intensos já observados na região em décadas. Com o tremor muito forte, ondas sísmicas se espalharam pela placa tectônica da América do Sul e chegaram a locais muito longe do epicentro como a cidade de São Paulo. Isso explica o porquê a terra tremeu em lugares tão longe do epicentro.
Não foi algo inédito, uma vez que grandes terremotos no Chile e na Bolívia já se perceberam no estado de São Paulo e até em Brasília. Agora, por que algumas pessoas sentiram o tremor em cidades do Rio Grande do Sul e de São Paulo, mas a esmagadora maioria não percebeu nada? Os experts em terremotos dizem que normalmente quem percebe os abalos sísmicos em locais distantes estão em posições elevadas. Uma vez que os edifícios vibram e quem está em andares mais altos sente a oscilação. O tipo de terreno em que estão as construções também importa e influi no fato de as pessoas sentirem ou não um terremoto forte a milhares de quilômetros.