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O espetáculo foi elaborado a partir dos ecos de outra montagem da OFIT,

TEATRO: Todo redemoinho começa com um sopro, temporada em Dourados

Depois de duas temporadas com casa cheia em Campo Grande, a peça “Todo redemoinho começa com um sopro” entrará em cartaz na cidade de Dourados.

A Cia OFIT (Associação Cultural Oficina de Interpretação Teatral) fará a apresentação no Núcleo de Artes Cênicas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), nos dias 15 e 16 de setembro, às 20h. Com uma curta temporada em Dourados e conta com a entrada gratuita e a distribuição de ingressos será feita por ordem de chegada. Mas, as apresentações farão parte da programação da Semana Acadêmica e Pedagógica do Curso de Artes Cênicas da UFGD.

Como um redemoinho que começa com um sopro, a trama da peça se desenrola a partir da chegada de dois jovens (interpretados pelos atores Ligia Prieto e Samir Henrique) até a casa de uma moradora que partiu. Entretanto, no imóvel, a dupla tem a missão de esvaziar e preparar os pertences para doações que ficarão a cargo de uma instituição beneficente a qual eles representam.

Dessa forma, uma tarefa que, à primeira vista parece ser simples, mas que no desenrolar da história promete surpresas, revelando descobertas estranhamente encaixotadas. Similar ao universo da escrita de Clarice Lispector, autora na qual a peça é inspirada então a temporada em Dourados.

O espetáculo elaborado a partir dos ecos de outra montagem da OFIT, “No gosto doce e amargo das coisas de que somos feitos”, concebida no ano de 2007. Fruto dessa outra obra, a atual peça tem passado por novos alinhamentos, conforme exige as investigações cênicas da Cia OFIT, como destaca a atriz Ligia Prieto. “Da concepção do espetáculo até aqui, creio que muita coisa mudou.

Uma curta temporada em Dourados

Contudo, por mais que se tenha o desenho estrutural de quando estreou, no ano de 2020, é importante lembrar que um espetáculo quando nasce para o mundo, ele não nasce pronto. Então, aí que começa a sua trajetória, coisas que transpassam o texto e conectam as camadas das personagens, no palco, até chegar ao público”, disse Ligia Prieto.

Além da semelhança com a complexidade das entrelinhas traçadas por Clarice Lispector, o trabalho ainda explora o diálogo com a linguagem audiovisual, como explica o designer de espaço e de visualidade, Gil Esper, que também é coordenador de cultura da UFGD. “Eu e Rodrigo Bento somos responsáveis pela cenografia e iluminação. As projeções ficam a cargo do Bruno Augusto que, na cena, faz das caixas verdadeiros telões”, enfatiza o artista, que vê a curta temporada em Dourados como um marco da retomada das artes na Universidade.

“Este ano a gente não tem o festival de teatro, em função da pandemia, mas, também, em razão de recursos, porque até bem pouco tempo a universidade estava sob intervenção do governo federal, e isso chegou ao fim. Então, a peça vem como um ato simbólico e significativo, que é trazer um espetáculo de teatro de Campo Grande para uma retomada gradual da cultura na UFGD”.

Em curta temporada na cidade, “Todo redemoinho começa com um sopro” é uma realização da Cia OFIT com a Faculdade de Comunicação Artes e Letras (FACALE/UFGD), Fecomércio MS, Sesc, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e Secretaria Municipal de Cultura de Dourados.

 

Serviço

Todo redemoinho começa com um sopro
Datas: 15 e 16 de setembro
Horário: 20h
Classificação: 12 anos
Local: Núcleo de Artes Cênicas da Universidade Federal da Grande Dourados Unidade 2 (Rodovia Dourados/Itahum, km 12 Dourados MS)
Entrada: Gratuita com distribuição de ingressos por ordem de chegada
Informações: (67) 3410-2030.

 

Fonte: pm dourados