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Tarifas dos EUA sobre importações de aço e alumínio não devem impactar expressivamente a economia do País Foto: Divulgação/Instituto Aço Brasil

Mercado projeta efeito limitado das tarifas de Trump no Brasil

Brasil tem a menor exposição direta e indireta às tarifas dos EUA para o aço e alumínio, diz Bank of America

As tarifas dos EUA para o aço e alumínio brasileiros não devem impactar expressivamente a economia do País.

Os Estados Unidos colocaram em vigor na madrugada desta quarta-feira (12) tarifas de 25% para importações de aço e alumínio, sem exceções ou isenções. A avaliação de analistas é que, no momento, o efeito direto à economia brasileira não deve ser tão expressivo.

O Brasil é o segundo lugar no fornecimento de aço e ferro para os EUA, representando assim uma fatia de quase 15% das compras norte-americanas dessas commodities. Em primeiro lugar vem o Canadá, que também tem sido alvo de tarifas específicas por parte do vizinho. O país lidera com pouco mais de 24%.

Importações dos EUA de aço e ferro

Quais foram os principais fornecedores em 2024
  • Canadá 24,2%
  • Brasil 14,9%
  • México 10,1%
  • Coreia do Sul 5,9%
  • Alemanha 4,6%
  • Japão 3,7%
  • Taiwan 3,3%
  • Vietnã 3,1%
  • Trinidad e Tobago 2%
  • Suécia 1,7%

“O Brasil tem a menor exposição direta e indireta às tarifas dos EUA, uma vantagem de ser uma economia muito fechada”, assim escreveu o Bank of America em relatório.

Sob o mesmo ponto de vista, a Moody’s aponta que somente tarifas sobre o aço e o alumínio não devem apresentar grande repercussão ao Brasil. “Os produtos de aço representam menos de 1% do total de exportações para o México e pouco menos de 5% para o Brasil. Apesar de sua importância no aço, nenhum dos países é um grande fornecedor de alumínio para o mercado dos EUA”, afirma a agência de classificação de risco.

“Embora as tarifas sejam dolorosas para os produtores locais de aço — o México envia quase 90% de suas exportações de aço para os EUA, enquanto os EUA são o destino de pouco menos de 50% das exportações brasileiras de aço — não esperamos grandes impactos em toda a economia”, escreveu a instituição.

Conforme a agência de classificação de risco, o “mais preocupante” para a economia brasileira será o impacto indireto vindo pela desaceleração mais ampla das economias chinesa e global.

“O Brasil ostenta toda a cesta de commodities, de metais industriais, assim como produtos agrícolas e até petróleo, com as exportações de minério de ferro e metais respondendo por cerca de 15% das exportações totais do Brasil”, citou.

“Enquanto os EUA são o mercado de exportação mais importante do Brasil para aço, a maior parte da produção brasileira de aço é destinada ao consumo doméstico. Logo, não é absurdo pensar que as exportações de aço com preços fora dos EUA poderiam encontrar um lar em outro lugar”.

Fonte: cnn