Orçamento geral de Defesa proposto pelo gabinete da presidente Tsai Ing-wen estabelece um aumento de gastos 13,9% em relação ao ano anterior
Taiwan propôs nesta, quinta-feira (25), aumento nos gastos com defesa de 19 bilhões de dólares para o próximo ano, um aumento de dois dígitos sobre 2022 que inclui recursos para novos caças.
A ampliação acontece semanas assim após a China realizar exercícios militares em larga escala ao redor da ilha que os chineses veem como seu território.
Inicialmente a China realizou suas maiores práticas de guerra em torno da ilha democraticamente governada após uma visita este mês da presidente da Câmara dos Deputados EUA.
A viagem enfureceu desde já Pequim, que a viu assim como uma tentativa dos EUA de interferir nos assuntos internos da China.
Nutrir a rede de alianças dos EUA na região do Indo-Pacífico foi inicialmente o motivo declarado da viagem de Pelosi.
Isso também envolve trazer países europeus, assim como a França e o Reino Unido, para participar das chamadas “manobras de liberdade de navegação”. Em águas internacionais que a China reivindica assim como seu território.
Tzu-yun Su, Instituto de Defesa Nacional e Pesquisa de Segurança em Taiwan, disse que os exercícios militares da China pretendem ser uma “guerra psicológica estratégica”. Contra Taiwan, e um sinal de que Pequim quer “impedir que os militares dos EUA apoiem Taiwan”.
Apesar do apoio dos EUA e de mais gastos com defesa, Taiwan ainda não consegue acompanhar a modernização militar de décadas da China. Essa incompatibilidade empurra Taiwan para construir sua capacidade de “guerra assimétrica”, também chamada de “estratégia porco-espinho”.
O modelo envolve a princípio o uso de armas menores, mas altamente eficazes, assim para combater uma força inimiga maior.
Os EUA estão agora aconselhando Taiwan a comprar armamento projetado para mobilidade e precisão para combater uma eventual invasão marítima da China.
Fonte: Brasil 247