Ele ocupa a décima posição na lista dos 500 supercomputadores mais rápidos
A edição mais recente do Top500, divulgada nesta semana, mostra o supercomputador Voyager-EUS2 ocupando a 10ª posição da lista. Assim, duas vezes por ano, o Top500 libera a lista dos 500 supercomputadores mais rápidos do mundo. Trata-se de uma máquina mantida pela Microsoft para a plataforma Azure. A parte curiosa dessa história é que o equipamento roda o Ubuntu Linux.
Curiosa, mas não surpreendente. O Windows tem versões para servidores que lidam com grandes cargas de trabalho, mas esse detalhe, por si só, não torna a plataforma apropriada para supercomputadores.
O Linux, dessa forma, é um kernel que conta com suporte a uma grande variedade de arquiteturas e equipamentos, além de ter código-fonte aberto. Por isso, tamanha flexibilidade permite ao Linux ser adaptado para projetos de diferentes portes e aplicações.
Aliás, não é por acaso que praticamente todos os supercomputadores que aparecem no Top500 rodam Linux ou algum sistema derivado. Como já ficou claro, isso vale até para o Voyager-EUS2.
Um supercomputador de 30 petaflops
Definitivamente, a Microsoft tem um bom motivo para celebrar a edição mais recente do TOP500: em relação à lista anterior, o Voyager-EUS2 é a única novidade a figurar entre os dez supercomputadores mais rápidos do mundo.
Não é por sorte. Acima de tudo, estamos falando de um supercomputador que, nos testes, atingiu um desempenho de 30,05 petaflops — um petaflop equivale a um quatrilhão de operações de ponto flutuante por segundo.
Para alcançar tamanha performance, no entanto, a Microsoft equipou o Voyager-EUS2 com 253.440 núcleos de CPU — que consistem em modelos AMD Epyc 7V12 de 48 núcleos cada —, 486.552 GB de RAM, GPU Nvidia A100 com 80 GB de memória e uma solução Mellanox HDR InfiniBand para transferência de dados.
O sistema operacional é o Ubuntu 18.04 LTS, versão com suporte estendido, como o próprio nome indica.
Graças a essa configuração, o Voyager-EUS2 também conseguiu ser o único supercomputador entre as dez primeiras posições a vir de um provedor de nuvem pública (relembrando, a plataforma Azure).
O primeiro supercomputador do Top500 é o Fugaku, um sistema composto por 7.630.848 núcleos e 5.087.232 GB de memória. Com todos esses recursos, o equipamento pôde alcançar 442 petaflops nos testes.
É uma diferença gritante para o Voyager-EUS2. No entanto, a Microsoft não tem a pretensão de alcançar o topo da lista. Por ora, a companhia se contenta com outro feito importante: ter, além do Voyager-EUS2, outros quatro supercomputadores da plataforma Azure no Top500.
Todos contam com 157.440 núcleos, ocupam as posições de 32 a 35 no ranking e rodam o Ubuntu 16.04.3 LTS como sistema operacional.
Fonte: aedigital, tecnot, mundoconect – Fotos:depositphotos