A falta de eletricidade que gerou um apagão que já dura três dias em parte significativa da cidade de São Paulo SP, está gerando prejuízos graves aos setores do varejo e de serviços, além da população em geral.Entidade diz que prejuízo pode ser maior já que ainda não há certeza quanto ao retorno definitivo do fornecimento de energia
Cálculos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostram que, considerando o faturamento que os dois setores deixaram de registrar no período, as perdas brutas somam cerca de R$ 1,65 bilhão até o momento.
Os números mostram que só o varejo paulistano teve prejuízos de pelo menos R$ 536 milhões nos dias em que parte dos agentes do setor ficou sem funcionar. No caso dos serviços, as perdas somaram R$ 1,1 bilhão.
Esses dados compilados levando em conta que, aos fins de semana, o comércio de São Paulo tende a faturar, em média, R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões.
SP prejuízos apagão
A entidade adianta que esse prejuízo pode ser maior tanto porque ainda não há uma previsão concreta por parte da empresa responsável pela distribuição de energia na capital, a Enel, sobre o retorno do serviço a todos os imóveis que dependem da rede; quanto pelo fato de não terem sido incluídos nesses cálculos as perdas de estoques.
“Esses cálculos não incluem potenciais perdas de estoques, o valor deve ser ainda maior. O varejo e os serviços duramente castigados pelo efeito do apagão e levarão alguns meses para se recuperar”, diz André Sacconato, assessor da FecomercioSP.
A Federação atribui à Enel a responsabilidade pelas perdas econômicas de estabelecimentos como mercados, restaurantes, farmácias e lojas do varejo, além de serviços que seguem impossibilitados de operar, já que, além da energia, estão sem acesso à Internet.
Há ainda os custos excedentes para empresas que, diante da situação, precisaram recorrer à locação de geradores, contratar mão de obra extra ou comprar combustíveis para manter os dispositivos operando.
FecomercioSP
A entidade lembra que o apagão também prejudica o fornecimento de água, já que muitos edifícios do centro possuem bombas hidráulicas de distribuição.
Em nota, a FecomercioSP diz que está trabalhando desde sexta-feira (11) para colaborar com os setores mais afetados pelo novo apagão em São Paulo, dialogando com autoridades – como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Anel) e a Prefeitura de São Paulo – e, em paralelo, exigindo que a Enel faça a restauração da distribuição com o máximo de urgência possível.
Procurada pelo blog, a Enel Distribuição São Paulo disse que tem trabalhado incessantemente, desde a noite de sexta-feira, quando a área de concessão atingida por rajadas de vento de até 107 km/h provocando danos severos na rede elétrica.
A companhia reforçou ainda que as equipes próprias em campo recebeu apoio de técnicos de outras distribuidoras e deslocou profissionais de outros Estados. Segundo a empresa, até às 18h30 desta segunda-feira (14), mais de 1,7 milhão de clientes teve a energia restabelecida.
Técnicos da distribuidora seguem atuando para restabelecer o serviço para cerca de 340 mil clientes na Região Metropolitana de São Paulo.
Fonte: cnn