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O setor sucroenergético de MS evitou a emissão de 12,7 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera a partir da produção de etanol.

Setor sucroenergético de MS evita a emissão de CO2

O setor sucroenergético de MS (Mato Grosso do Sul) evitou a emissão de 12,7 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera a partir da produção de etanol nas últimas quatro safras, entre 2020 e 2024, segundo dados divulgados pela Associação dos Produtores de Bioenergia do estado (Biosul).

Dessa forma, a entidade aponta que o saldo calculado a partir dos 10,9 bilhões de litros de etanol produzidos entre 2020 a 2024 pelas unidades certificadas no Programa Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) neste período.

Por isso, a Biosul aponta que o volume representa a absorção feita por cerca de 89 milhões de arvores plantadas e mantidas de pé por 20 anos, o que seria representado por uma área equivalente a 1.584 campos de futebol.

Para o presidente da Biosul, Amaury Pekelman, o número reflete o ganho ambiental que o setor de bioenergia representa para o Estado e na agenda de transição energética do País.

“A sustentabilidade do etanol não está apenas no consumo do biocombustível, que 90% mais limpo que o concorrente fóssil, ela do poço à roda (conceito que considera todo o ciclo de vida do combustível). Mas, e o RenovaBio é um programa que estimula ainda mais as usinas a tornarem o seu processo de produção cada vez mais eficiente, provocando inovação no setor que, consequentemente, eleva a sua nota no programa e gera mais Bbios (Créditos de Descarbonização)”, destaca.

Pelo programa, cada crédito de descarbonização corresponde a tonelada de CO2 evitada na atmosfera.

Sustentabilidade

No último ciclo 2023/2024, que se encerrou no dia 31 de março, o processamento da cana bateu recorde histórico, atingindo 52,4 milhões de toneladas.

Essa recuperação no processamento da matéria-prima refletiu também na oferta de produtos, que bateu recorde na produção de açúcar e etanol, incluindo o incremento do biocombustível produzido a partir do milho. Ao todo, 42 municípios impactados de forma positiva pelo setor bioenergético em Mato Grosso do Sul.

Novos investimentos e novos produtos

O perfil de produção de bioenergia no Estado conta com 19 unidades em operação. Todas produtoras de etanol hidratado, 11 produtoras de anidro, 2 produtoras de etanol a partir do milho, 10 produtoras de açúcar.

Contudo, todas cogeram bioeletricidade, energia elétrica gerada a partir da biomassa da cana, sendo 13 usinas exportadoras do excedente para a rede nacional de energia elétrica, que chega a milhares de residências pelo Brasil.

Em 2022, o Estado deu início a produção de etanol de milho que trouxe um incremento de 25% na produção do biocombustível na última safra, até então produzido a partir da cana-de-açúcar. Então, esse potencial deve aumentar neste novo ciclo com o início das operações da unidade Neomille, do Grupo CerradinhoBio, em Maracaju (MS), e da segunda unidade da Inpasa, em Sidrolândia (MS), em fase de instalação.

Setor sucroenergético MS

Outros dois projetos voltados para cana-de-açúcar também avançam no Estado. Em Paranaíba, a Usina Cedro, do Grupo Pedra Agroindustrial, deve entrar em operação ainda em 2024. Mas, recentemente, anunciado também investimento do Grupo Agroterenas para reativação da antiga Usina Aurora, em Anaurilândia.

Sendo assim, são R$ 5,3 bilhões em investimentos de novas plantas e ampliações anunciados pelo setor bioenergético para Mato Grosso do Sul, segundo o presidente da entidade. “São investimentos que serão transformados em novas oportunidades de empregos e desenvolvimento econômico para as pessoas que vivem aqui”, destaca.