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O Senai MS por meio do ISI Biomassa vai coordenar a seleção de projetos para produção e uso de hidrogênio verde.

Senai MS coordena missão com Energisa projeto hidrogênio verde

Senai MS coordena missão com Energisa para investir R$ 24 milhões em projeto de hidrogênio verde

O Senai MS por meio do ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa) vai coordenar a seleção de projetos para produção e uso de hidrogênio verde. A missão industrial, lançada (22), na sede da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), em São Paulo, é realizada em parceria com a Energisa e vai destinar até R$ 24 milhões para financiar as propostas.

Contudo, destinado a buscar práticas mais sustentáveis na produção de energia, o chamamento público conta com recursos da Energisa e da Plataforma de Inovação para Indústria do Senai. A maior parte do valor, R$ 20 milhões, destinado pela concessionária de energia, enquanto R$ 2 milhões são de responsabilidade do Senai Departamento Nacional e R$ 2 milhões do Senai Departamento Regional.

Por isso, o prazo para formação de alianças e submissão da proposta de projeto é até 30 de junho. O resultado final será divulgado no dia 31 de agosto. As regras para participação podem ser conferidas pelo https://sistemafiems.ms.senai.br/energisah2.

Durante o lançamento, o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, destacou a importância de o ISI Biomassa estar à frente deste grande projeto.

Senai MS no projeto do hidrogênio verde

“É um grande orgulho colocar o Senai Mato Grosso do Sul, por parte do ISI Biomassa, como um grande player no país, para que possamos ser o hub de desenvolvimento dessa missão trazendo todos os parceiros, seja aqueles que vão produzir o hidrogênio, quanto aqueles que vão consumir o hidrogênio, tendo como tutor a Energisa”, explicou.

Dessa forma, a iniciativa tem entre os objetivos descentralizar as pesquisas em relação ao desenvolvimento de energias renováveis, fortalecendo ações do tipo entre as indústrias da região Centro-Oeste.

De acordo com o diretor de Inovação e Tecnologia da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Jefferson Gomes, o investimento é determinante para superar os desafios da transição energética.

“O que importa nesse projeto que está sendo construído é pegar tecnologias e aplicar próximo a zonas produtivas. Essa é a grande diferença que eu acho que vai ter muito sucesso”, acredita.

Sendo assim, para o diretor de Estratégia, Inovação e Novos Negócios da Energisa, Lucas Pinz, o chamamento público faz parte da estratégia da empresa em protagonizar o processo de transformação energética no Brasil.

Diretor de Estratégia

“O que nós estamos buscando através desta missão industrial é conectar o ecossistema, identificar bons projetos, projetos inovadores, projetos que possam ajudar a entender a viabilidade econômica em torno da cadeia de valor do hidrogênio. Então, nós contamos com a parceria da CNI e do Senai para nos ajudar nesse processo de identificação de bons projetos”, ressaltou.

O evento de lançamento da chamada contou com a mesa redonda “Os desafios e oportunidades do Hidrogênio Renovável na Descarbonização do Brasil”.

Participaram do debate a head de Assuntos Econômicos da Cepal/ONU, Camila Gramkow; Bruno Vath Zarpellon, diretor de Inovação e Sustentabilidade na Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo; Fabrício Luz Lopes,  gerente executivo de Inovação e Tecnologia do Senai PR; e Mariana Morais, idealizadora do Verdes Marias – Conscientização e Educação da Sociedade.

Objetivos

A necessidade de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) das atividades econômicas traz consigo também oportunidades da criação de novos mercados no setor de energia.

Devido ao potencial de redução de emissões de gás carbônico nas atividades econômicas, o hidrogênio (H2) produzido a partir de fontes renováveis (hidrogênio renovável) tem considerado como vetor energético chave nas estratégias de descarbonização de diversas nações, como União Europeia, Japão, Canadá, Chile, Austrália, África do Sul, entre outros.

Nesse contexto, o Grupo Energisa, maior grupo privado do setor elétrico com capital nacional no Brasil, busca desenvolver um projeto de pesquisa e desenvolvimento no tema de hidrogênio.

A parceria com o Senai compatibiliza os princípios de inovação e sustentabilidade, além de posicionar os envolvidos na vanguarda das discussões de transição energética nacional e mundial.

Considerados públicos-alvo da chamada Institutos Senai de Inovação, Institutos de Ciência e Tecnologia (ICT’s), empresas da cadeia de valor do setor de energia; empresas de grande porte fornecedoras de biomassa e/ou biogás; empresas interessadas no consumo de hidrogênio renovável; pequenas e médias empresas; startups e empresas de base tecnológica; bem como agências de fomento para projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).

Plataforma Inovação

Essa chamada está vinculada a Plataforma Inovação para Indústria, no âmbito da categoria de Missão Industrial, e coordenada pelo Senai Departamento Regional de Mato Grosso do Sul, por meio do Instituto Senai de Inovação em Biomassa, que terá papel fundamental na curadoria dos projetos recebidos em lógica e estrutura de portifólio/programa estruturado e complementar para Energisa.

A categoria tem o desafio de conectar empresas industriais, ou ainda investidores, por meio do compartilhamento de risco financeiro e tecnológico para desenvolvimento de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, baseados no desenvolvimento conjunto de soluções inovadoras orientadas a desafios industriais.

Cada aliança poderá ter na composição a Energisa e pelo menos um Instituto Senai de Inovação e uma empresa parceira fornecedora de biomassa ou biogás ou consumidora do hidrogênio.

A ideia é promover o desenvolvimento de projeto piloto para validação do modelo de negócio da cadeia produtiva (da produção ao consumo final) de hidrogênio renovável, gerado a partir de eletrólise e reforma à vapor de biogás.

 

Fonte: fiems