No momento, você está visualizando Tecnologia a serviço da vida; alunos do Senac entregam sistema que vai modernizar o atendimento do SAMU em Campo Grande
O SAMU de Campo Grande já pode contar com o sistema Ambulink, criado pelos alunos do Senac para modernizar o atendimento de saúde Foto: PM CG

Tecnologia a serviço da vida; alunos do Senac entregam sistema que vai modernizar o atendimento do SAMU em Campo Grande

Alunos do Senac criam Ambulink para modernizar SAMU

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), recebeu oficialmente o Ambulink (17). Trata-se de um novo sistema de gerenciamento de ocorrências, desenvolvido por jovens talentos da área de tecnologia, vencedores do primeiro Hackathon Senac Decola, realizado em novembro do ano passado.

O evento marcou um momento significativo para o ecossistema de inovação de Campo Grande, ao unir educação, juntamente com tecnologia e serviço público em prol da saúde da população. Nesse sentido, durante oito semanas, a equipe vencedora, formada por aprendizes do Senac, trabalhou intensamente no desenvolvimento do protótipo, utilizando metodologia ágil e contando sobretudo com o apoio técnico e institucional do Sistema S.

Ambulink é inovação que vai fazer diferença no atendimento do SAMU

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, participou da solenidade e fez questão de reforçar a importância da colaboração e da sabedoria coletiva. “Atualmente temos muitos dados e informações, mas só alcançamos a sabedoria quando conseguimos aplicar esse conhecimento de forma prática, como foi feito aqui. Dessa forma, essa inovação não é apenas mais um ‘sistema’. Para nós significa algo que vai fazer a diferença real na ponta, no atendimento. E nada disso se constrói sozinho. Em outras palavras, inovar é coletivo, é revisitar o passado para criar o futuro”.

A diretora regional do Senac MS, Jordana Duenha, também destacou o papel transformador da iniciativa. “Essa entrega marca sobretudo uma etapa muito importante na nossa contribuição juntamente com o ecossistema de inovação do município. O Ambulink é resultado direto da escuta de uma dor real do nosso sistema de saúde. Nesse sentido, é a ciência e a tecnologia sendo desenvolvidas por alunos para resolver um problema concreto da sociedade”.

Imersão

Durante o processo de construção da solução, os estudantes fizeram uma verdadeira imersão na rotina do SAMU, identificando gargalos, assim como escutando os profissionais da linha de frente e por fim, adaptando o sistema às demandas reais do serviço. Agora, com o Ambulink, todo o fluxo de atendimento, da ligação de emergência até a chegada do paciente à unidade de saúde, será modernizado, sobretudo com maior precisão, segurança e agilidade.

A coordenadora interina do SAMU Campo Grande, Dra. Renata Veloso, celebrou o momento com gratidão e entusiasmo. “Esse novo sistema representa um avanço concreto na forma como prestamos nossos serviços à população. Em outras palavras, vamos ter dados mais fidedignos, melhorar nosso planejamento, assim como reduzir o tempo de resposta e garantir mais segurança às nossas equipes. Isso salva vidas. A equipe do Hackathon não entregou apenas tecnologia, entregou humanidade”.

Inovação no setor público é essencial

O diretor-presidente da Agetec, Leandro Basmage, relembrou o início de tudo, ainda durante uma viagem a Recife, quando conheceu experiências semelhantes e vislumbrou a possibilidade de algo parecido em Campo Grande. “O Hackathon foi o começo de uma jornada. Vi em outras cidades como esse tipo de evento transforma ideias em soluções reais. E hoje, vendo esse projeto ser entregue, sei que estamos no caminho certo. A inovação no setor público é possível e essencial.”

O Ambulink é apenas o começo. Além de já estar em processo de adoção pelo SAMU, o sistema será aprimorado continuamente com base no uso prático e no retorno das equipes de campo. A expectativa é que, com essa experiência bem-sucedida, novos hackathons e projetos de inovação aberta fortaleçam ainda mais a rede de serviços públicos da capital.

A equipe Tucunaré, formada por Caio, Davi, Eduardo, Guilherme, Gabriel Rondon e Maurício, deixa um legado que vai muito além de códigos e telas. Por fim, trata-se de um exemplo de como a educação profissional pode transformar realidades, impactar vidas e ajudar a salvar outras.

Fonte: PM CG