O acordo estabeleceu um prazo de 120 dias, renovável pelo mesmo período sob a concordância das partes
A Rússia admitiu hoje não prolongar o acordo sobre cereais que permite exportação de alimentos através do Mar Negro, caso não se verifiquem progressos no cumprimento de compromissos no quadro do memorando entre Moscovo e a ONU.
“Sem progressos na solução de cinco problemas sistémicos (…) não se pode falar de estender a Iniciativa do Mar Negro (acordo sobre cereais) depois de 18 de maio”. Afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo através de um comunicado.
Moscovo pede que o banco Rosselkhzbank seja reintegrado no sistema de comunicações financeiras SWIFT e ainda que sejam recuperadas as permissões para o acesso a máquinas agrícolas. Assim como as autorizações para serviços de manutenção relacionados com o equipamento.
Aliás, a Rússia pede ainda o fim das restrições no acesso aos portos marítimos e o restabelecimento da conduta de amónio entre Tolyatti (Rússia) e Odessa. Paralisado desde 2022, e também o fim do bloqueio das contas bancárias das empresas russas ligadas à produção e transporte de alimentos e fertilizantes.
Paralelamente ao acordo sobre cereais, as Nações Unidas estabeleceram um memorando para facilitar as exportações russas (alimentos e fertilizantes).
A Iniciativa do Mar Negro para a circulação de cereais teve assinatura em julho do ano passado entre a Ucrânia e a Rússia. Sob a intervenção diplomática da Turquia.
Assim, o acordo estabeleceu um prazo de 120 dias, renovável pelo mesmo período sob a concordância das partes.
No passado dia 18 de março, a Rússia prolongou a vigência do tratado apenas por 60 dias porque. Segundo Moscovo, só se cumpriu “metade do acordo”.
“Sabemos que os representantes da ONU aplicam determinados esforços, mas nem sempre têm resultados. Tal como aconteceu antes, a segunda metade do acordo não funciona. As condições do acordo não se cumprem”, frisou a diplomacia de Moscovo.
Fontes: observador, diariodenoticias