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Após dois anos sem crescimento, o rendimento médio do trabalhador teve um aumento neste 2º semestre de 2022. Esse reflexo ocorre em diversas cidades do país.

IBGE: Rendimento médio do trabalhador sobe pelo segundo mês seguido

Indicador subiu 3,1% no trimestre encerrado em agosto, para R$ 2.713, após dois anos sem crescimento

O rendimento médio do trabalhador brasileiro cresceu pelo segundo mês consecutivo em agosto, após dois anos sem crescimento, disse (30/9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O valor chegou a R$ 2.713 no trimestre encerrado em agosto, uma alta de 3,1% em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, o número ficou estável. “’Esse crescimento está associado, principalmente, à retração da inflação.

Mas, a expansão da ocupação com carteira assinada e de empregadores também são fatores que colaboram”, diz Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

O rendimento para o grupo de empregados com carteira de trabalho assinada registrou crescimento de 2% (mais R$ 51), enquanto o de empregadores subiu 11,5% (R$ 689).

Entre os setores que registraram crescimento no rendimento médio real habitual na comparação com trimestre anterior, encerrado em maio, o IBGE destaca “Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura”, com alta de 7,2% (R$ 123), “Indústria”, que subiu 4,4% (R$ 111).

Também foram citados os grupos “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”, com alta de 3,5% (R$ 77) e “Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas”, com avanço de 5,5% (R$ 205).

A pesquisa divulgada mais cedo nesta sexta mostrou que o rendimento médio do trabalhador  teve uma queda na taxa de desemprego no trimestre encerrado em agosto, para 8,9%.

O número representa uma queda de 0,9 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, terminado em maio, e é o menor patamar desde o trimestre encerrado em julho de 2015 (8,7%).

Melhora no mercado de trabalho se dá por informalidade elevada, diz economista

Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores, faz leitura dos últimos dados de emprego no país, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (30)

Em entrevista, Bruno avaliou que a recuperação do mercado de trabalho, divulgada nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), se deu sobretudo pela criação de vagas informais no trimestre encerrado em agosto.

“É um momento muito positivo do mercado de trabalho, em recuperação que acontece desde o segundo semestre de 2021 por força da informalidade. Não à toa, o número de trabalhadores informais está em nível recorde no país neste trimestre, mas as últimas pesquisas mostram recuperação na ocupação, também em posições formais”, disse Imaizumi.

A leitura se dá a partir dos últimos dados de emprego divulgados na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). A taxa de desemprego, segundo o levantamento, ficou em 8,9% no trimestre que se encerrou no último mês de agosto.

A taxa de informalidade foi 39,7% da população ocupada, contra 40,1% no trimestre anterior e 40,6% no mesmo trimestre de 2021. Apesar de ter caído 0,4 ponto percentual, o contingente de informais ainda fica perto do recorde, com 39,3 milhões trabalhadores sem registro oficial.

O economista também avaliou que, embora o mercado de trabalho esteja em recuperação contínua, o mesmo movimento não é visto na renda, afetada pela inflação.

 

 

Fonte: agencianoticias.ibge