Terminal de cargas do Porto de Santos, o maior e mais movimentado do País, está perto do limite de sua capacidade, apesar dos elevados custos do frete marítimo
A inflação e o fluxo da logística no país estão interligados, por isso, a redução do primeiro requer a reforma da segunda. Preços em alta no mundo todo, e ainda com mais vigor no Brasil, não se explicam apenas pela disparada das cotações das commodities, pela pandemia e pela guerra. A alta do frete marítimo tem sido um grande vilão. Diante da forte disparada do e-commerce, que movimentou mais de R$ 2 trilhões em cargas, o frete nunca custou tanto.
É a lei da oferta e da demanda. Com um detalhe: o petróleo está mais caro no mundo. Qualquer solução viável para a redução da inflação global passa pelo reequilíbrio do fluxo da logística.
No entanto, tudo isso não é bom nem para o consumidor e nem para os operadores logísticos. As empresas estão sufocadas, operando no limite, para conseguir se adaptar às demandas e garantir o cumprimento dos contratos. Mas a indústria da logística também ajudou a gerar empregos, que não foram simples de ser encontrados.
Redução da inflação e da Logística
Além disso, houve uma corrida pelos serviços de transportes, pressionando a capacidade de portos, armazéns, navios e contêineres. O desequilíbrio entre demanda e oferta fez os preços explodirem. Aliás o custo de frete da Ásia para o Brasil é hoje 5,7 vezes superior ao de janeiro de 2020.
E desde o início de 2021, os combustíveis, principalmente o diesel, pressionam os transportes de cargas. Principalmente a guerra na Ucrânia e a volta da pandemia na China ajudaram a piorar a situação. As novas medidas de isolamento social na China, causadas por um aumento de casos de Covid-19 no país nas últimas semanas, causa forte impacto na economia brasileira.
Aliás Xangai, a cidade chinesa onde fica localizado o maior porto do mundo e onde vivem mais de 25 milhões de pessoas, está em lockdown rígido há pelo menos três semanas.
Até o final deste ano, a cadeia global de suprimentos e de logística deve continuar bagunçada com tendência de alta.
Portanto, a redução da inflação depende da reestruturação logística no país.
Fonte: cnt.org, portaldaindustria