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Segundo pesquisa da revista Science, ratos também conseguem prestar primeiros socorros. Foto: Reprodução/NC

Ratos prestam primeiros socorros; estudo revela comportamento inédito

Após estudo realizado pela revista Science, foi descoberto que ratos prestam primeiros socorros aos seus parceiros, confira

Um estudo publicado na revista Science revelou que ratos são capazes de prestar assistência a companheiros desmaiados, demonstrando comportamentos semelhantes a primeiros socorros. Todavia, Os animais usaram técnicas como patadas, mordidas e até a remoção de obstáculos das vias aéreas para reanimar os colegas.

O que aconteceu

Em um experimento, pesquisadores sedaram um rato e o colocaram em uma gaiola com outro animal. Ao perceber que o companheiro estava inconsciente, o rato acordado começou a agir para reanimá-lo. Desse modo, os animais usaram técnicas como patadas, mordidas e até a remoção de obstáculos das vias aéreas para acordar os colegas.

Em um dos testes, os cientistas introduziram uma pequena bolha de plástico na boca do animal sedado. Contudo, o rato que prestava socorro retirou a bolha, garantindo que o outro voltasse a respirar.

A intenção principal é assegurar que o indivíduo inconsciente consiga respirar
Guang Zhang, um dos autores do estudo.

Veja o vídeo do experimento

Reprodução: New Scientist/Youtube

Comportamento instintivo

Os cientistas que monitoraram o cérebro do rato que prestava socorro descobriram que neurônios liberadores de ocitocina nas regiões da amígdala e do hipotálamo conduziam a ação. Desse modo, a ocitocina é um hormônio associado a comportamentos de cuidado em várias espécies de vertebrados.

Outro ponto destacado no estudo é que o comportamento parece ser instintivo e não aprendido, já que os ratos tinham apenas dois a três meses de vida e nunca haviam presenciado essa ação antes.

Já se sabe que golfinhos, elefantes e chimpanzés apresentam comportamentos de cuidado semelhantes. Portanto, com essa nova descoberta, os pesquisadores acreditam que o instinto de socorro pode ser mais comum entre os animais do que se pensava.

Por fim, o estudo abre caminho para novas pesquisas sobre o comportamento social e os instintos de cuidado em outras espécies. Contudo, os cientistas esperam entender melhor esses mecanismos e aplicar seus conhecimentos em outras áreas, como neurociência e psicologia.

Fonte: uol