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Conheça todos os detalhes sobre Bashar al-Assad, que agora é ex-presidente da Síria. Foto: Banco de Imagens

Quem é Bashar al-Assad, que deixa o poder na Síria após mais de 50 anos de domínio familiar

Filho de Hafez al-Assad, ele assumiu o país após a morte do pai, em 2000, com comando baseado na repressão e no autoritarismo

Tomada da Síria por rebeldes, concretizada neste domingo, 8, com a saída do presidente Bashar al-Assad, marca o fim de uma dinastia de mais de 50 anos. No poder desde 2000, o brutal líder comandou com repressão o país após herdar a cadeira do pai, Hafez al-Assad, também presidente por mais de 30 anos.

A morte de Bassel, irmão mais velho de Bashar al-Assad, em 1994, mudou sua vida. Levando-o a deixar os estudos de medicina em Londres e assumir o papel para o qual seu pai não o preparava. O fatal acidente de carro fez com que ele retornasse a Síria e passasse, então, a pavimentar seu caminho para assumir a presidência da Síria. Contudo, seis anos depois, com a morte de Hafez al-Assad.

Vindo de uma família com dificuldades econômicas, Hafez integrava o partido Baath, que tomou o poder já em meio a um contexto de instabilidade política. Ele chegou à presidência em 1971, depois de ter chefiado o Ministério da Defesa local. E governou o paíscom mão de ferro, sem dar brechas para a oposição ou para a realização de eleições livres.  Com isso, se manteve por 29 anos na contramão das alternâncias forçadas de poder que davam o tom da região na época.

Quem é Bashar al-Assad, que deixa o poder na Síria após mais de 50 anos de domínio familiar, veja mais detalhes sobre o presidente

Convocado de volta a Damasco, capital síria, após a morte de seu irmão, Bashar se juntou ao exército e iniciou sua preparação para assumir o poder. Para que ele pudesse chegar à presidência aos 34 anos, mudou a Constituição, que até então foi planejada a idade mínima de 40 anos.

Mas apesar de ter assumido com discurso mais afeito a transparência, desenvolvimento e democracia, a abertura durou pouco e já no ano seguinte, em 2001, voltaram as repressões. Com prisões em massa.

Na política externa, a postura de Bashar al-Assad na Guerra do Iraque gerou conflitos com os Estados Unidos. Embora, no geral, sua linha tenha sido a da prudência e do pragmatismo. Sempre, contudo, reforçando sua conduta autoritária na perseguição a seus opositores, o que culminou com uma guerra civil, em 2011.

Fonte: veja