Assim, o resultado representa uma redução de 23,8% da participação do setor no PIB total do país no ano passado.
Os dados divulgados representam toda a cadeia produtiva, ou seja, “antes, dentro e depois da porteira” (insumos, produção agropecuária, agroindústria e agrosserviços).
Segundo os dados das entidades, o desempenho do PIB do Agronegócio em 2023 especialmente impactado pela queda de preços em todos os segmentos da cadeia produtiva.
Esse foi o segundo ano consecutivo em que o PIB real do agronegócio caiu. Os números de 2022 mostraram queda de 25,2% em 2022 e para 23,8%, no ano passado, na participação do PIB nacional.
PIB Agronegócio
De acordo com a CNA e a Cepea, o setor primário teve retração de 1%. Enquanto agroindústria e agrosserviços tiveram quedas de 2,05% e 1,31%, respectivamente. Neste contexto, observou-se redução nos preços de vários produtos agropecuários e agroindustriais.
As organizações apontam que o resultado só não foi pior devido aos recordes nas safras agrícolas e maior produção nos segmentos primário e agroindustrial na pecuária, que puxaram a demanda por agrosserviços.
Na separação por atividade, o PIB agrícola teve queda de 3,26% em 2023 em relação a 2022. Apenas o setor primário (da porteira para dentro) teve resultado positivo, com expansão de 5,11%, beneficiado pela produção recorde e queda dos custos com insumos.
Já o segmento de insumos, novamente o mais impactado, com queda de 27,92%, puxado pela baixa nos preços de fertilizantes e insumos e menor produção de máquinas agrícolas. Também houve recuo na indústria (3,43%) e serviços (3,24%).
Conforme os dados, a pecuária registrou queda de 2,3% no PIB o ano passado. A produção primária foi a mais afetada, com queda de 10,61%. Mesmo com a redução dos custos e o aumento da produção, a atividade sofreu com a queda dos preços, principalmente de bovinos, aves de corte e leite.
Fontes: cepea, brasilagro, cnn, agrimidia