Vários colégios já adotam a abordagem do Projeto de Vida no ensino fundamental e médio
Colégios passarão a oferecer o chamado “Projeto de Vida”: uma espécie de programa para ajudar os jovens a se conhecerem melhor e a tomarem decisões pessoais e profissionais.
Cada instituição de ensino terá liberdade para definir primeiramente como colocar isso em prática. Uma opção é criar uma disciplina específica no currículo, então ministrada por um professor que tenha uma relação próxima com os alunos.
“A ideia central é trabalhar o protagonismo do jovem na escola. Ajudando-o então a desenvolver estratégias para colocar seus planos em prática”, explica Carlos Lordelo, coordenador de ensino médio do Movimento Pela Base.
Na rede de Mato Grosso do Sul, a reação dos alunos de colégios integrais (tanto no ensino fundamental II quanto no médio) também está sendo positiva. Assim conta Helio Daher, presidente do Conselho Estadual de Educação.
“Virou um espaço de escuta e de diálogo. Também damos liberdade para que cada escola trabalhe segundo sua especificidade. Pois um estudante de uma comunidade indígena na fronteira com a Bolívia tem projetos diferentes do que mora perto da divisa com São Paulo.”
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC, documento que estipula o conteúdo e as habilidades que devem ser desenvolvidas pelas escolas) prevê o “Projeto de Vida” como um meio de o estudante exercer sua cidadania e tomar suas decisões com “liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade”.
São três pilares:
- pessoal (aprender a lidar com os próprios sentimentos, respeitar seus limites, descobrir sua identidade, detectar suas principais habilidades e dificuldades, traçar seus desejos);
- social (refletir sobre sua relação com familiares e colegas, pensar em formas de ajudar a comunidade, entender a realidade do seu entorno);
- profissional (escolher por qual itinerário formativo vai optar ao longo do ensino médio. Decidir se quer fazer faculdade ou curso técnico, pensar em uma carreira para o futuro).