Segundo o IBGE, as influências positivas mais importantes vieram da produção de “coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis”
A estabilidade na atividade da produção na indústria em dezembro ante novembro de 2022 foi marcada por um predomínio de desempenhos negativos, apenas 11 dos 26 ramos industriais pesquisados na Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) registraram crescimento, ante 15 ramos com queda. Sendo assim, os dados foram divulgados nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Aliás, segundo o IBGE, as influências positivas mais importantes vieram da produção de “coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis”, com crescimento de 3,4% ante novembro de 2022. Assim, a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos cresceu 9,1% na mesma base de comparação.
“Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos de metal (5,6%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,3%). De confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,0%), de equipamentos de informática. Produtos eletrônicos e ópticos (4,7%) e de couro, artigos para viagem e calçados (6,7%)”, diz a nota divulgada pelo IBGE.
No entanto, na contramão, entre os 15 ramos industriais que registraram queda na produção, o IBGE destacou “produtos alimentícios (-2,6%) e metalurgia (-5,1%)”. Que “exerceram os principais impactos em dezembro de 2022. Com ambas interrompendo dois meses consecutivos de avanço. Período em que acumularam expansão de 8,5% e 8,6%, respectivamente”.
Além disso, segundo o IBGE, também houve recuos na produção de “outros produtos químicos” (-3,2%), de “máquinas e equipamentos” (-3,6%). De “indústrias extrativas” (-1,1%) e de “bebidas” (-2,8%).
Comparação dos ramos industriais com dezembro de 2021
A queda de 1,3% na indústria em dezembro ante dezembro de 2021 teve verificação em 18 dos 26 ramos industriais pesquisados na pesquisa do IBGE. Portanto, ao divulgar os dados, o instituto ponderou que dezembro do ano passado teve um dia útil a menos (22 dias) do que dezembro de 2021. O que tende a afetar a comparação dos volumes de produção entre os dois períodos.
Segundo o IBGE, as principais influências negativas sobre o desempenho agregado da indústria vieram das indústrias extrativas. Aliás, com queda de 4,0% na produção, da fabricação de máquinas e equipamentos, com tombo de 8,6%, e de produtos de madeira. Que aliás, despencou 31,5% ante dezembro de 2021.
Aliás, houve ainda recuos na produção de minerais não metálicos (-9,9%), metalurgia (-6,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,0%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-13,2%). Outros produtos químicos (-2,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-10,5%), produtos diversos (-15,0%) e produtos têxteis (-10,6%).
Na contramão, “entre as oito atividades com expansão na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,0%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (32,1%) exerceram as maiores influências sobre a indústria”. Informa a nota divulgada pelo IBGE. Outras atividades com desempenho positivo na comparação de dezembro de 2022 com igual período do ano anterior foram veículos automotores, reboques e carrocerias (4,4%), produtos alimentícios (2,1%). E outros equipamentos de transporte (23,0%).
Fontes: capitalist, gauchazn